sábado, 27 de fevereiro de 2010

PORQUE DESCANSAR É PRECISO


Hoje é o primeiro dia das minhas férias.

Alguns diriam: “Férias merecidas, pastor!” Outros contraporiam: “Pastor não pode tirar férias, o trabalho não pára!”.

Se merecidas ou não, o fato é que todos nós precisamos de descanso. Deus nos ensinou a reservar um tempo para reabastecer as baterias. Mesmo ele, sendo Deus, não precisando de renovo das forças, guardou o sétimo dia como uma maneira de dizer para o homem: “equilibre o seu tempo entre trabalho e descanso”.

Tenho de confessar que não é fácil me ausentar do dia-a-dia da igreja. A responsabilidade com as vidas sob o meu pastoreio, os cultos fazem falta, pregar é muito bom, o ajuntamento com a igreja é sempre abençoador, as etapas do crescimento administrativo da igreja precisam de um acompanhamento bem de perto. Enfim, descansar é bom, mas o coração continuará ligado a cada um de vocês – acreditem! Mas descansar é preciso...

Você sabe o quando descansar é necessário, e também contribui para o êxito da sua carreira? Você já trabalhou até mais tarde, se aplicou em projetos, voltou para o emprego no dia seguinte e descobriu que sua pilha de responsabilidades tinha ficado ainda maior? Dia após dia você trava essa batalha até finalmente atingir um ponto de exaustão e total frustração.

Muitos profissionais acreditam que se apenas se dedicarem com mais afinco e determinação, poderão abrir caminho através da opressiva carga de trabalho que enfrentam. Entretanto, ao invés de reduzir essa pressão, o volume de trabalho apenas aumenta. É como ter o bolso furado: não importa quanto dinheiro você coloque nele; nada permanece.

Rick Boxx, escritor para o mundo corporativo nos lembra que Deus projetou o nosso corpo precisando de sono e descanso. Podemos exigir que funcione no limite de sua capacidade por um tempo, mas por fim, haverá um preço a pagar e o resultado não é apenas queda de produtividade, mas também esgotamento físico. Deus não apenas quer que descansemos, como também cuida para que nosso trabalho seja concluído – quando trabalhamos com prioridades corretas.

Salmos 127:1-2 enfatiza esse conceito: “Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção. Se não é o Senhor que vigia a cidade, será inútil a sentinela montar guarda. Será inútil levantar cedo e dormir tarde, trabalhando arduamente por alimento. O Senhor concede o sono àqueles a quem Ele ama.”

Assim, se você se convenceu a si mesmo que o segredo para o sucesso nos negócios é trabalhar mais, por mais tempo, sacrificando o que for preciso para isso – mesmo o descanso adequado para restaurar-se fisicamente, ou o tempo que seria necessário para desenvolver e manter relacionamentos compensadores – gostaria de alertá-lo a reconsiderar isso. O retorno de seu trabalho vale realmente o preço do que isso lhe custará pessoal, social e - talvez a longo prazo - profissionalmente?

Por isso, o descanso precisa fazer parte da nossa agenda de compromissos. O trabalho é bom e foi ordenado por Deus. Entretanto, o trabalho em excesso é contraproducente e pode ter conseqüências negativas. Portanto, considere o aviso e separe um tempo para relaxar e apreciar a vida como Deus planejou: trabalho em equilíbrio com a porção adequada de descanso e lazer.

Até o dia 20/03, no Congresso Conexão promovido pela JMM em nossa igreja, quando estaremos juntos novamente, se este for o plano de Deus para nós.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

PASTORES MORREM LOUVANDO A DEUS EM ACIDENTE

Dois pastores evangélicos e um motociclista morreram num acidente envolvendo sete veículos, na manhã de ontem, na Rodovia do Contorno, trecho da BR 101 que liga Serra a Cariacica.

Os religiosos pertenciam à Igreja Assembleia de Deus e haviam saído de Alegre, município da Região Sul do Estado, rumo a uma convenção estadual da igreja em Nova Carapina II, na Serra.

Os veículos – cinco caminhões, uma moto e um automóvel Del Rey – bateram um atrás do outro. O engavetamento aconteceu às 8h15, no quilômetro 277, na Serra. Os pastores estavam no carro.

Tudo começou quando um caminhão freou por causa do intenso fluxo de carros no sentido Cariacica – Serra. Os veículos que vinham atrás dele frearam também, mas o último caminhão – de uma empresa de cerveja – não conseguiu parar a tempo. Com isso, os veículos que estavam à frente foram imprensados uns contra os outros.

Os pastores José Valadão de Souza e Nelson Palmeira dos Santos e o motociclista Jonas Pereira da Silva, 52 anos, morreram no local. Dois outros pastores, que também estavam no Del Rey, sobreviveram, e o motorista de um dos caminhões sofreu arranhões nas pernas. Nenhum dos outros caminhoneiros ficou ferido.

O proprietário e condutor do Del Rey é o pastor Dimas Cypriano, 61 anos, do município de Alegre. Ele saiu ileso do acidente e teve ajuda do motorista José Carlos Roberto, carona de um dos caminhões, para sair do veículo.

Seu amigo de infância, o pastor Benedito Bispo, 72, ficou preso às ferragens. Socorristas do Serviço Médico de Atendimento de Urgência (Samu) e bombeiros fizeram o resgate dele. O pastor teve politraumatismo e foi levado para o Hospital Dório Silva, na Serra.

A mulher de Benedito chegou a ver o marido sendo socorrido e teve que ser amparada por um familiar. Ela também seguia para a convenção num outro veículo. A rodovia ficou interditada durante vários momentos da manhã de ontem nos dois sentidos. O trecho só foi totalmente liberado no início da tarde.

O pastor Dimas Cypriano, que sobreviveu ileso ao acidente na manhã de ontem, no Contorno, contou que usava cinto de segurança e que ficou preso ao tentar sair. Ele dirigia o Del Rey e disse que precisou de ajuda para sair do carro. Mas depois continuou no local, acompanhando os trabalhos de resgate do colega, Benedito Bispo. Nas mãos, levava uma Bíblia que ficou suja de sangue. Mas isso não impediu que o pastor orasse durante o socorro.

O mais comovente do triste episódio, foi o relato dado por 2 pastores sobrevivente, e pelos bombeiros que tentavam tirar os pastores ainda com vida, que estavam presos nas ferragens.

As testemunha citadas acima, contam que os pastores Nelson Palmeiras e João Valadão, ainda com vida e presos nas ferragens, em meio a um mar de sangue que os envolvia, começaram a cantar o Hino 187 da harpa cristã:
Mais perto
Quero estar meu Deus de ti!
Ainda que seja a dor
Que me una a ti,
Sempre hei de suplicar
Mais perto
Quero estar meu Deus de ti!

Andando triste
Aqui na solidão
Paz e descanso
A mim teus braços dão
Nas trevas vou sonhar
Mais perto
Quero estar meu Deus de ti!

Minh’alma cantará a ti Senhor!
E em Betel alçará padrão de
Amor,
Eu sempre hei de rogar
Mais perto
Quero estar meu Deus de ti!

E quando Cristo,
Enfim, me vier chamar,
Nos céus, com serafins irei
Morar
Então me alegrarei
Perto de ti, meu Rei, meu Rei,
Meu Deus de ti!
Aos poucos suas vozes foram silenciando-se para sempre.

As lagrimas tomaram conta dos bombeiros, acostumados a resgatar pessoas em acidentes graves, porem jamais viram alguem morrer cantando um hino; como foi o caso dos pastores Nelson Palmeiras e João Valadão .

Li esta notícia, disponível no O Galileo, no site do Pr. Osmar.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O TRABALHO PODE ESPERAR


Rezam os bastidores de Washington, no governo de Barck Obama, que o presidente é capaz de suspender uma reunião ministerial de alta temperatura para assistir ao recital de violino de sua filha de 11 anos. Segundo assessores, os compromissos familiares são assinalados em vermelho e independentemente do que tiver acontecendo ele para tudo e vai a esses compromissos.

Claro: não faltam críticas: afinal: as pessoas não o elegeram para ser um bom homem de família, mas para resolver os problemas do país.

No entanto, para os braços de quem irá, quando os problemas forem resolvidos (se forem...) e quando a luz do poder se apagar, senão para os de sua família?

O trabalho pode esperar. O poder pode esperar. A família não pode esperar.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Por Um Mundo Mais Humano


Fui criado com princípios morais comuns.

Quando criança, ladrões tinham a aparência de ladrões e nossa única preocupação em relação à segurança era a de que os “lanterninhas” dos cinemas nos expulsassem devido às batidas com os pés no chão quando uma determinada música era tocada no início dos filmes, nas matinês de domingo.

Mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades presumidas, dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos, e /ou mais velhos, mais afeto.

Inimaginável responder deseducadamente a policiais, mestres, aos mais idosos, autoridades. Confiávamos nos adultos porque todos eram pais e mães de todas as crianças da rua, do bairro, da cidade. Tínhamos medo apenas do escuro, de sapos, de filmes de terror.

Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo que perdemos. Por tudo meus filhos um dia temerão. Pelo medo no olhar de crianças, jovens, velhos e adultos. Matar os pais, os avós, violentar crianças, sequestrar jovens, roubar, enganar, passar a perna, tudo virou banalidades de notícias policiais, esquecidas após o primeiro intervalo comercial. Agentes de trânsito multando infratores são exploradores, funcionários de indústrias de multas. Policiais em blitz são abuso de autoridade. Regalias em presídios são matéria votada em reuniões.

Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem é ser otário. Pagar dívidas em dia é bancar o bobo, anistia para os caloteiros de plantão. Ladrões de terno e gravata, assassinos com cara de anjo, pedófilos de cabelos brancos.

O que aconteceu conosco? Professores surrados em salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas portas e janelas. Crianças morrendo de fome, gente com fome de morte.

Que valores são esses? Carros que valem mais que abraço, filhos querendo-os como brindes por passar de ano. Celulares nas mochilas dos que recém largaram as fraldas. TV, DVD, telefone, vídeo game, o que vai querer em troca desse abraço, meu filho? Mais vale um Armani do que um diploma. Mais vale um telão do que um papo. Mais vale um baseado do que um sorvete. Mais vale dois vinténs do que um gosto.

Que lares são esses? Bom dia, boa noite, até mais. Jovens ausentes, pais ausentes, droga presente e o presente uma droga.

O que é aquilo? Uma árvore, uma galinha, uma estrela. Quando foi que tudo sumiu ou virou ridículo? Quando foi que senti amor pela última vez? Quando foi que esqueci o nome do meu vizinho? Quando foi que olhei nos olhos de quem me pede roupa, comida, calçado sem sentir medo? Quando foi que fechei a janela do meu carro? Quando foi que me fechei?

Quero de volta a minha dignidade, a minha paz e o lugar onde o bem e o mal são contrários, onde o mocinho luta com o bandido e o único medo é de quem infringe, de quem rouba e mata.
Quero de volta a lei e a ordem.
Quero liberdade com segurança.
Quero tirar as grades da minha janela para tocar as flores.
Quero sentar na calçada, e minha porta aberta nas noites de verão.
Quero a honestidade como motivo de orgulho.
Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olho no olho.
Quero a vergonha, a solidariedade e a certeza do futuro.
Quero a esperança, a alegria.
Uma casa para todos, comida na mesa, saúde a mil. Não quero listas de animais em extinção.
Não quero clone de gente, quero cópia das letras de música.
Eu quero voltar a ser feliz!

Quero dizer basta a esta inversão de valores e ideais. Quero mandar calar a boca de quem diz “a nível de”, “neste país”, “enquanto pessoa”, “eles tem que”, “é preciso que”. Quero xingar quem joga lixo na rua, quem fura a fila, quem rouba, quem ultrapassa a faixa, quem não usa cinto, quem não dignifica meu voto. Quero rir de quem acha que precisa de silicone, lipoaspiração, dieta, cirurgia plástica, carro zero, laptop, bolsa XYZ, calça ZYX para se sentir inserido no contexto ou ser “normal”.

Abaixo o “TER”, viva o “SER”!

E viva o retorno da verdadeira vida, simples como uma gota de chuva, limpa como um céu de abril, leve como a brisa da manhã! E definitivamente comum, como eu.

ADORO O MEU MUNDO SIMPLES e COMUM.

Vamos voltar a ser “gente”? Resgatar o amor, a solidariedade, a fraternidade. Vamos nos indignar diante da falta de ética, de moral, de respeito... Vamos crer e confiar que existe um Deus que pode todas as coisas, que nos resgata e realiza o que julgamos ser impossível.

Deixar de nos silenciar diante do absurdo. Vamos reconstruir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde os homens respeitem os homens.

Utopia?
Não... Se você e eu fizermos nossa parte e contaminarmos mais pessoas, e essas pessoas contaminarem mais pessoas... hein?

Quem sabe?...
Por um mundo mais humano!

Autor Desconhecido

Eu Lavo os Pincéis

Certa ocasião, numa pequena cidade, houve uma Exposição de Quadros e, enquanto o pintor era aplaudido, ao seu lado um pequeno menino se curvava em forma de agradecimento.

Um senhor que estava observando chegou perto do menino e perguntou-lhe:
- Se os aplausos são para o pintor, porque que você está agradecendo também?

O menino, todo compenetrado e alegre, respondeu:
- Eu lavo os pincéis!

Recebi esta pequena mensagem de um irmão... o que me fez pensar no Corpo de Cristo... na Igreja... em nós como MEMBROS!

Somos tão diferentes!

As vezes, reclamamos que "não conseguimos tomar parte do grupo", outras vezes, consideramos que "tal papel não dignifica o que representamos". Mas, há aquele que sabe em quem tem crido e que dEle virá o aplauso eterno!

COMO NASCE UM PARADIGMA

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.

Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada.

Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.

Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Exalte-Me!

Nestes tempos em que a adoração tornou-se uma ato meramente contemplativo e egocêntrico, com pouca ou nenhuma transformação do indivíduo, nada mais apropriado do que assumir que as melhores versões dos cânticos entoados seriam aquelas que colocam o homem no lugar de Deus de uma vez por todas.

Pelo menos, nos veríamos livres da hipocrisia reinante diante de muitos tronos humanos... (ops!)



Esta postagem possui vídeos que somente podem ser assistido na página do Teu Chamado.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

domingo, 14 de fevereiro de 2010

sábado, 13 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

OS DOMINGOS PRECISAM DE FERIADOS

Toda sexta-feira à noite começa o shabat para a tradição judaica. Shabat é o conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção, inspirado no descanso divino, no sétimo dia da Criação.

Muito além de uma proposta trabalhista, entendemos a pausa como fundamental para a saúde de tudo o que é vivo. A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue.

Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta.

Hoje, o tempo de 'pausa' é preenchido por diversão e alienação. Lazer não é feito de descanso, mas de ocupações 'para não nos ocuparmos'. A própria palavra entretenimento indica o desejo de não parar. E a incapacidade de parar é uma forma de depressão.

O mundo está deprimido e a indústria do entretenimento cresce nessas condições. Nossas cidades se parecem cada vez mais com a Disneylândia. Longas filas para aproveitar experiências pouco interativas. Fim de dia com gosto de vazio. Um divertido que não é nem bom nem ruim. Dia pronto para ser esquecido, não fossem as fotos e a memória de uma expectativa frustrada que ninguém revela para não dar o gostinho ao próximo.

Entramos no milênio num mundo que é um grande shopping. A Internet e a televisão não dormem. Não há mais insônia solitária; solitário é quem dorme. As bolsas do Ocidente e do Oriente se revezam fazendo do ganhar e perder, das informações e dos
rumores, atividade incessante. A CNN inventou um tempo linear que só pode parar no fim.

Mas as paradas estão por toda a caminhada e por todo o processo. Sem acostamento, a vida parece fluir mais rápida e eficiente, mas ao custo fóbico de uma paisagem que passa. O futuro é tão rápido que se confunde com o presente. As montanhas estão com
olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o domingo de um feriado...

Nossos namorados querem 'ficar', trocando o 'ser' pelo 'estar'. Saímos da escravidão do século XIX para o leasing do século XXI - um dia seremos nossos?

Quem tem tempo não é sério, quem não tem tempo é importante. Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco. Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos...

Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é uma interrupção. O dia de não trabalhar não é o dia de se distrair - literalmente, ficar desatento. É um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida. A pergunta que as pessoas se fazem no descanso é 'o que vamos fazer hoje?' - já marcada pela ansiedade. E sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de Domingo.

Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo, fere-se mortalmente. É este o grande 'radical livre' que envelhece nossa alegria - o sonho de fazer do tempo uma mercadoria.

Em tempos de novo milênio, vamos resgatar coisas que são milenares. A pausa é que traz a surpresa e não o que vem depois. A pausa é que dá sentido à caminhada. A prática espiritual deste milênio será viver as pausas. Não haverá maior sábio do que aquele que souber quando algo terminou e quando algo vai começar.

Afinal, por que o Criador descansou? Talvez porque, mais difícil do que iniciar um processo do nada, seja dá-lo como concluído.

Rabino Nilton Bonder - recebi por e-mail do amigo Roni Brazão

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Meu pitaco - é por isso que eu estou contando as horas para o meu descanso. Seja nos dias do Carnaval ou nas férias que estão bem próximas. Descanso - eu quero um pra viver!

Que Fé é Essa?

O Dízimo Já Era...

Muito se tem discutido sobre a legitimidade do dízimo durante o regime da Nova Aliança. Para muitos, com o fim da Lei, encerra-se também a obrigatoriedade do dízimo. Vamos deixar as paixões de lado, e examinar o assunto com o coração aberto.

De fato, o dízimo figura nas Escrituras Sagradas mesmo antes da instituição da Lei. Portanto, o Dízimo já era praticado muito antes de Moisés receber as tábuas no Sinai. O escritor de Hebreus diz que o patriarca Abraão separou o dízimo de tudo, e o entregou a Melquisedeque, sacerdote de Salém. Nesta passagem é dito que o fato de Abraão lhe haver entregue o dízimo demonstrava o quão grande era Melquisedeque (Hb.7:4). Portanto, tributar-lhe o dízimo de tudo era o mesmo que reconhecer sua superioridade. Abraão, o menor, foi abençoado por Melquisedeque, o maior (7:7).

Ainda não havia templo em Jerusalém, nem mesmo havia sido instituído o sacerdócio levítico, mas isso não impediu que o patriarca entregasse seus dízimos. Portanto, cai aqui a idéia de que os dízimos só valiam enquanto houvesse um templo para ser mantido. O Dízimo já era praticado muitos antes de haver templo em Jerusalém.

Somente séculos depois, com a instituição da lei, os filhos de Levi foram autorizados por Deus a “tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos” (v.5). Neste caso, “recebem dízimos homens que morrem” (sacerdotes levíticos), mas no caso de Melquisedeque, figura de Cristo, “os recebe aquele de quem se testifica que vive” (v.8). Portanto, onde haja sacerdócio, ali também haverá quem receba dízimos.

Alguém poderá objetar dizendo que não há nenhuma palavra sobre o dízimo no Novo Testamento. Ledo engano! O próprio Jesus o endossou ao censurar a hipocrisia dos religiosos de Seu tempo:

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas negligenciais o mais importante da lei, a justiça, a misericórdia e a fé. Devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas” (Mt.23:23).

Mais claro que isso? Impossível. Jesus não os censurou por darem o dízimo, e sim por omitirem aspectos mais importantes da lei. Deveriam ser zelosos tanto na entrega do dízimo, quanto na observação da justiça, da misericórdia e da fé. E repare quão detalhistas eles eram. Davam o dízimo até do tempero da comida!

Pode até parecer legalismo de Sua parte, mas Jesus declarou que se a nossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entraremos no reino dos céus (Mt.5:20).

A graça nos ensina a ir muito além do dízimo!

Por que Paulo e os demais apóstolos não precisaram ensinar sobre o dízimo? Porque para os cristãos primitivos, dar o dízimo era fichinha. Eles aprenderam a ir muito além do dízimo.

Também convém salientar que se os apóstolos fossem contrários ao dízimo, eles teriam combatido-o com a mesma veemência com que combateram a circuncisão (também anterior à Lei).

Os mesmos que hoje combatem o dízimo deveriam reconhecer que se o Evangelho chegou até nós, foi graças à fidelidade daqueles que deram muito mais do que o dízimo, patrocinando empreendimentos missionários ao redor do globo.

Entregar 10% de nossos rendimentos é dar o que já é esperado. Jesus nos ensinou a transpor os limites das expectativas que nos são postas.

Veja o que Ele diz sobre isso:

“Se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. E se alguém quiser demandar contigo e tirar-te a túnica deixa-lhe também a capa. Se alguém te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas” (Mt.5:39b-41).

Este princípio também se aplica à questão das contribuições na igreja. E podemos ver um exemplo disso na segunda epístola de Paulo aos Coríntios, onde o apóstolo dos gentios dá testemunho da surpreendente atitude dos irmãos das igrejas da Macedônia. Devido à sua pobreza, Paulo quis poupá-los de ter que enviar ofertas para a igreja em Jerusalém. Porém eles imploraram para participarem desse privilégio (2 Co.8:4).

“Sua profunda pobreza transbordou em riquezas de sua generosidade. Pois segundo as suas posses ( o que eu mesmo testifico), e ainda ACIMA DELAS, deram voluntariamente (...) E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus” (vv.2b-3,5).

Entregar o dízimo é dar de acordo com a nossa posse.

Uma das coisas que me causam admiração no dízimo é que ele nivela a todos dentro da congregação. Ninguém dá mais, nem menos. Tanto o dízimo de um empresário bem-sucedido, quanto o de uma empregada doméstica têm o mesmo valor, a décima parte.

Porém, somos desafiados pelo Senhor a sermos imitadores das igrejas da Macedônia, transpondo a lei do Dízimo, e dando além de nossas posses.

Interessante que Paulo dá testemunho da generosidade dos Macedônios em sua carta aos Coríntios, e ao mesmo tempo diz que se gloriava da prontidão dos Coríntios perante os Macedônios (9:2). Generosidade e prontidão devem andar de mãos dadas.

Se deixarmos a obra de Deus por último, talvez não sobre nada. Temos que aprender a colocar o reino de Deus em primeiro lugar. Nossas contribuições, sejam a título de dízimo ou de oferta, devem ser preparadas de antemão, e que sejam expressão de generosidade, e não de avareza (v.5).

Muita gente dá o dízimo como o desencargo de consciência. Acham que já estão fazendo muito. O dízimo deve ser considerado o piso, e não o teto de nossas contribuições.

A mesma passagem usada pelos pregadores para exortar a igreja a ser fiel nos dízimos, também menciona outro tipo de contribuição que estava sendo sonegado. Repare no que diz a passagem em questão:

“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas” (Ml.3:8).

Nem todo mundo está devidamente familiarizado com a expressão “oferta alçada”. A maioria de nós sequer ouviu falar disso. Oferta alçada é qualquer oferta cujo valor exceda o valor do dízimo.

O que os cristãos macedônios estavam fazendo era cumprir este mandamento. Oferta alçada é aquela que vai além de nossas posses.

O Dízimo é o mínimo que um cristão pode fazer pela manutenção das obras realizadas pela igreja.

Dele dependem aqueles que vivem do Evangelho. Ministros que se dedicam integralmente à igreja, e quem têm filhos para criar, aluguel de casa pra pagar, contas, compras, etc. Alguns são obrigados a cumprir jornada dupla, porque a igreja não atende às suas necessidades. Não nada de mal nisso. O próprio Paulo teve que fazer tendas para garantir sua subsistência por um tempo. O problema é que, ao trabalhar fora, o pastor já não poderá dedicar cem por cento do seu tempo ao rebanho.

O padrão estabelecido pelas Escrituras está claro:

“Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Co.9:14).

Veja ainda a recomendação de Paulo a Timóteo:

“Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e no ensino. Porque diz a Escritura: Não atarás a boca do boi quando debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário” (1 Tm.5:17-18).

Se as igrejas abolissem os dízimos, e contassem exclusivamente com as ofertas voluntárias, como se manteriam e fariam planos para o futuro?

A vantagem do dízimo é a sua regularidade. Dá pra se fazer um planejamento, comprar uma propriedade para igreja, contratar novos funcionários, enviar missionários, etc., porque se tem um orçamento fixo.

A diferença básica entre dar o dízimo na Lei, e entregá-lo voluntariamente na Graça está na motivação com que se faz. O que se faz sob a Lei, se faz por mera obrigação religiosa. Mas o que se faz sob a égide da Graça, se faz por gratidão.

Detesto constatar que a maioria daqueles que dão o dízimo, o faz por medo de um suposto espírito maligno identificado como “o devorador”. Definitivamente, não há demônio ou legião com este nome. O que a Bíblia chama de “devorar” são as circunstâncias adversas sobre as quais não temos poder. Mesmo sabendo que o Senhor repreende o devorador, não deve ser esta a nossa motivação.

Seja a título de dízimo ou de oferta voluntária, tudo o que fizermos deve ser feito por amor e gratidão, jamais por coação ou constrangimento.

Hermes Fernandes, no Genizah.

Canhotos - Eu vivo isso sempre!

BRASIL, ABRE O OLHO ANTES QUE SEJA TARDE!!!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Que Alegria é Esta do Carnaval?

Os dias de Carnaval propõem para o mundo uma alegria bastante controvertida. O texto a seguir é uma reflexão interessante e o que a torna ainda mais relevante é pelo fato de ter sido escrito sem jargões ou argumentos “religiosos”. O autor, desconhecido por sinal, usa a razão e a lógica para questionar o arroubo com que as pessoas se entregam às orgias, desmandos e irresponsabilidades em nome da tal alegria.

O carnaval brasileiro se tornou uma das maiores festas populares do mundo. É uma festa celebrada em países e comunidades de religião católica romana. No Brasil quem a introduziu foram os portugueses, e o que muito contribuiu foi a cultura negra das cidades do Rio de Janeiro e de Salvador. Procurando conhecer um pouco mais através do dicionário e enciclopédias, descobri que são festas que se iniciam três dias antes da quarta-feira de cinzas, dedicadas a diferentes tipos de diversões e folias. Consistem em desfiles ou cortejos, que se realizam em lugares públicos ou fechados como clubes, geralmente com grande liberdade de comportamento. É também conhecida como “festa da carne”, ou seja, as pessoas dão evasão aos desejos da carne (instintos).

É do conhecimento de todos, por meio das estatísticas oficiais do governo, que durante o período do carnaval há muitos acidentes, mortes, prisões, contaminações pelo vírus da AIDS, além de gravidez indesejadas. O resultado das festas de carnaval é preocupante, não só para o governo, mas, para a sociedade como um todo.


Já é uma festa de tradição, principalmente as escolas de samba, que começaram na década de 30 no Brasil. Hoje os desfiles delas tornaram-se por demais sofisticados. Já fazem parte da nossa cultura. O carnaval, como é e se apresenta, quase se tornou algo inevitável para a grande maioria dos brasileiros. Mas creio que há possibilidade de fazermos uma diferença provocando uma contracultura saudável ao carnaval. O que faz alguém querer nestes dias extravasar um tipo de comportamento que não lhe é comum? Que busca de “alegria” é esta que traz tanta dor, sofrimento e perdas?


Você pode estar pensando: “Mas, quase todo mundo faz, porque eu não faço?” Fazer algo porque todo mundo faz me parece ser um viver sem opinião própria, sem fazer uma análise crítica. O filósofo Sócrates certa vez falou: “uma vida que não é analisada, não merece ser vivida”. Por outro lado, você pode dizer para você mesmo: “Se eu não faço o que todo mundo me diz para fazer, o que vão pensar de mim?” Quem vive para agradar aos outros, termina desagradando a si e aos outros.


Muitas pessoas dizem: “Eu preciso ser feliz”, ou ouvimos “você merece ser feliz”. Seria, naturalmente, doentio alguém querer ser infeliz. Mas parece que quanto mais as pessoas buscam poder, status, beleza física, amores, etc., para encontrarem a felicidade, menos encontram. O que realmente é importante na vida? O que pode de modo significativo fazer uma mudança para melhor?


Creio que podemos nos alegrar em família e com amigos de maneira diferente e criativa, buscando também vivermos com sentidos e significado não só em momentos de lazer, mas também no trabalho, estudo, vida amorosa, nas amizades e experimentar ter uma vida mais solidária, vivenciando socialmente, culturalmente, espiritualmente, enfim, todas as áreas da vida plenamente. Aí sim, não será o carnaval a maior festa para nos alegrar, mas, teremos alegrias em diversos momentos e áreas da nossa vida ao longo do ano, sem causarmos prejuízo aos outros ou a nós mesmos.


Fica, portanto, aqui uma oportuna advertência: Carnaval não é alegria. É reflexo do imensurável vazio interior de um ser humano sem Deus.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O DÍZIMO NÃO É BÍBLICO

O dízimo não é bíblico. Ele está na Bíblia, mas no contexto do templo e da antiga aliança. Não há mais templo e a antiga aliança deu lugar à nova aliança no sangue de Cristo.

Sendo assim, sabemos que os crentes do Antigo Testamento contribuíam para a manutenção de uma instituição central para a espiritualidade judaica. Isso significa que havia um princípio no Antigo Testamento de contribuição para uma instituição que visava nutrir espiritualmente a nação. Esse princípio assumia uma forma concreta na entrega do dízimo no templo.

Acontece que, esse princípio, permanece no Novo Testamento, que não fala sobre dízimo para o período posterior à destruição do templo, mas fala sobre crentes enviando ofertas para a manutenção do templo vivo chamado, igreja.

Falar sobre a caducidade do dízimo, sem falar sobre o princípio da contribuição - presente no Antigo Testamento e enfatizado no Novo Testamento -, é ensinar a igreja da nova aliança a ser menos generosa do que a igreja da antiga aliança. Não é admissível que, aquele que ensina sobre o fim do dízimo, o faça para que as pessoas se tornem mais avarentas do que já são.

Como pode permanecer o amor de Deus, sobre a vida de uma pessoa, que sabe que a igreja depende dessas ofertas para sobreviver, e cerra sua mão, deixando que uns poucos fiquem sobrecarregados com a manutenção de trabalho tão essencial para os propósitos de Deus para a vida da humanidade? Através dessa ajuda generosa, pobres são socorridos, ministros podem se preparar para o exercício do ministério sagrado, funcionários são mantidos, missionários sustentados no campo e a própria estrutura física da igreja mantida.

Dar menos do que o dízimo, e viver um vida inferior a daqueles que não tiveram acesso aos incomparáveis privilégios do crentes pós-morte e ressurreição de Cristo - é trágico sob todos os aspectos. Especialmente quando no lembramos que, devido às ofertas dos crentes do passado, a mensagem do evangelho chegou até à sua e à minha vida.

Em suma, o dízimo não é bíblico. O que é bíblico é a consagração de tudo o que temos e somos para a glória de Deus.

Antonio Carlos Costa em Palavra Plena e Genizah

Paradoxo do Nosso Tempo - George Carlin


Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.

Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame... se ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.

Por isso, valorize sua familia e as pessoas que estão ao seu lado, sempre!

Ainda Sobre Tabita Kraul

Descansou nossa amada irmã Tabita, vida preciosa para todos que dela se acercaram, mas especialmente para aqueles que tiveram sua formação teológica e ministerial no SEMINÁRIO TEOLÓGICO BETEL. É o meu caso. A influência do Pr. José de Miranda Pinto e de d. Tabita foi imenso, desde meus dezesseis anos quando começou estudos no curso ginasial do Betel e, depois, ao longo do curso teológico. Sua palavra, seu sorriso, seu estímulo constante aos jovens vocacionados, sua palavra sábia de aconselhamento, sua intercessão fervorosa, tudo isso ficou em noss’alma, já vão mais de 50 anos!

A respeito da outra Tabita ou Dorcas, de que fala o livro de Atos, conta o historiador Lucas que todas as viúvas para as quais ela constituira bênção, chorando, mostravam a Pedro os vestidos e outras roupas que Tabita ou Dorcas havia feito quando ainda estavam com elas”(Atos 9.39). Quanto à nossa Tabita, cujo corpo será levado à sepultura, não mostramos roupas, mas vidas entretecidas, vidas costuradas, vidas aprumadas pelas mãos abençoadas de nossa amada irmã. Sim, não são dezenas, mas centenas de vidas ricamente abençoadas por ela cujas vozes hoje poderiam ser ouvidas, tempo houvesse.

Que o Senhor levante outras mulheres fiéis, consagradas e amigas como D. Tabita, para ajudar, aconselhar, consolar, encorajar, enfim, abençoar os que sofrem no caminho de sua formação ministerial ou nas duras empreitadas e grandes desafios do ministério pastoral, ou nas lutas e aflições da vida cristã.

Que Ele conforte a amada Família Miranda Pinto a que todos amamos.

Saibam que “seu trabalho não é vão, no Senhor”.

Pr. Irland Pereira de Azevedo

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Tabita Kraul de Miranda Pinto

Faleceu ontem, 05/02/2010, aos 87 anos (faria 88 em maio próximo), a amada "tia" Tabita como era carinhosamente conhecida entre nós.

Viúva do pr. José de Miranda Pinto, pastor emérito da Igreja Batista do Méier, e diaconisa emérita da mesma igreja, deixa um legado de fé e testemunho para sua linda família por meio de seus filhos pastores Neander e Benoni, e sua filha Brasília.

Mulher fiel, temente a Deus, dependente da oração e conselheira sábia de toda uma geração de pastores, missionários e líderes que passaram por suas mãos no Seminário Teológico Betel. Além disso, como diretora do Recolhimento Betel para Idosas estendeu a mão e ajudou incontáveis “vovozinhas” que encontraram no final da vida um lar e uma família ali.

Na manhã de hoje, foi celebrado culto de gratidão a Deus por sua vida num momento de muita inspiração pelos testemunhos deixados especialmente pelo filho pr. Neander e o neto Neander Augusto. Nosso salão de cultos estava lotado de ex-alunos, pastores, líderes e irmãos em Cristo que tiveram a história de sua vida impactada pelo que foi irmã Tabita entre nós.

Louvamos a Deus pela bênção de nos tê-la dada e por tê-la usado de maneira tão abençoadora entre nós.

O vídeo a seguir foi gravado em um visita que os jovens batistas letos fizeram à sua casa no Rio de Janeiro, no primeiro semestre de 2009. É uma bela recordação e um simples, mas profundo, testemunho de alguém que decidiu viver por Cristo.


Na última vez em que estivemos juntos, já estava bastante debilitada pele enfermidade que a acometia e sua fala estava muito prejudicada. Mas curiosamente sua mente processava bem o que a rodeava. Naquele dia, no finalzinho de 2009, eu ouvi apenas três palavras dela.

As duas primeiras palavras já transbordaram meu coração de alegria, quando perguntei se ela me reconhecia. Com um olhar aparentemente distante e confuso e titubeou algumas vezes e depois de muito esforço saíram duas palavras: "Meu pastor..." Quanta emoção!

A última palavra que ouvi de sua boca que a tanta gente abençoou foi em resposta a um pedido: o que a irmã gostaria que eu dissesse à sua igreja no próximo domingo? Novamente seguiu-se um demorado silêncio e era visível o esforço dela em dizer alguma coisa. Eu disse: "Fique tranquila. Eu esperarei." Ele erguia a cabeça do travessereiro, movimentava os lábios, mas não conseguia transformar em palavra o que vinha em sua mente. Até que depois de alguns longos minutos, em que, ao perceber que ela queria dizer algo, esperávamos pacientemente, uma palavra saiu alta e clara: AMOR!

Nada mais! Nenhum verbo, nenhuma conjunção, nenhum artigo... apenas um substantivo.

A verdade é que não precisávamos de mais nada! Estava claro que era tudo o que queria dizer à igreja era apenas e tão somente isso.

Não sei bem até hoje como aquela palavra deveria ser aplicada e compartilhada com a igreja naquele domingo que se seguiu à visita.

Seria um verbo conjugado na primeira pessoa do singular do presente declarando o que a Igreja Batista do Méier significava para ela. Talvez ela quisesse dizer: "Meu pastor, diga à igreja que eu a amo!"

E como amou! Seu amor pela igreja se mostrava pelas orações constantes, pela total interação com o que acontecia na igreja mesmo estando ausente há tantos anos devido ao quadro de saúde. Se ligasse para ela no início da semana, ela já sabia e se alegrava por tudo o que havia acontecido no domingo anterior com preciosidade nos detalhes.

Talvez pudesse ter sido um verbo conjugado no imperativo: "Meu pastor, diga à Igreja Batista do Méier que ame sempre!"

Amar a Deus, como ela sempre amou e nele confiou. Amar ao próximo, como todos somos testemunhas do quanto ela amou - especialmente às vovozinhas do Recolhimento Betel. Amar fielmente ao cônjuge e à família, como foi seu estilo inteiro de vida.

Enfim, ela bem poderia ter quisto dizer: "Meu pastor, diga à Igreja Batista do Méier que nunca deixe de ser conhecida pelo amor como a principal marca de Cristo no mundo!"

Por último, quero compartilhar com você, caro leitor, "O Contrato do Amor". Trata-se da declaração de amor firmado entre ela e seu esposo, pr. Miranda Pinto, 4 meses antes do casamento em 1946. Vinte e quatro anos de vida os separavam, mas nunca foi obstáculo para o amor. Quando pr. Miranda Pinto faleceu em dezembro de 1967, não lhe faltaram pretendentes, conta o neto Neander Augusto, mas ela declarava convicta: "Deus me deu um amor para viver, e isto basta!"

Encerro aqui com "O Contrato do Amor" minha homenagem, e minha gratidão a Deus pela vida da minha querida diaconisa emérita "tia" Tabita "Amor" Kraul.

Conttratto de amor

Cônscios de que foi pela vontade e graça de Deus que os seus corações foram unidos em amor, e que Deus tem um propósito a realizar através dessa união, com alegria e inteira dependência de Deus, José de Miranda Pinto e Tabita Kraul, voluntária e solenemente subscrevem o seguinte pacto:
  1. Manter e cultivar todos os dias de sua vida conjugal o mais sincero, puro e forte amor recíproco;
  2. Repartir entre si todos os bens e males que, pela Providência divina, lhes forem permitidos. Serão parceiros por igual no gozo e nos pesares, na riqueza e na pobreza, na boa e má fama, nas lutas e vitórias, nas glórias e humilhações que a vida lhes oferecer;
  3. Viver exclusivamente para a honra e glória de Deus e o bem da humanidade. Nenhum deles contará a sua vida por preciosa se o Senhor a exigir, nem murmurará contra quaisquer actos da Providência, embora lhes pareçam estranhos, inexplicáveis ou severos;
  4. Viver juntos a vida de fé, estimulando-se mutuamente à confiança nas promessas de Deus, de modo a provar a este mundo, pelo exemplo e pela palavra, que Deus existe e é galardoador daqueles que o buscam;
  5. Viver, pela graça de Deus, sempre felizes no Senhor, forcejando por que cada dia da sua vida conjugal seja mais feliz que o anterior, pela reciprocidade do amor, da confiança e do respeito;
  6. Aplicar-se diariamente ao estudo e meditação da Palavra de Deus e à prática da oração, colocando sempre as coisas espirituais e eternas em primeiro lugar, todos os dias e em todas as suas relações e empreendimentos;
  7. Renunciar, como peregrinos nesta terra, todas as riquezas deste mundo, para só cuidarem de acumular as celestiais. Não fecharão jamais a sua bolsa aos pobres, nem dirão que coisa alguma que o Senhor lhes der é sua própria, mas de quantos delas precisarem, especialmente órfãos e viúvas;
  8. O lar de José e Tabita será sempre lar para os pais de José e Tabita;
  9. Este contrato tem a duração de uma vida, e só a morte de uma das partes poderá anulá-lo.
Rio, 5 de agosto de 1946.
José de Miranda Pinto Tabita Kraul

O Padre Vai Ensinar a Lidar com Cachorros...

Muitas vezes, como padres e pastores, ensinamos as pessoas a lidar com o pecado como se fosse algo fácil. O problema é que quando chega a hora de EU lidar e vencer o meu próprio pecado, não sei o que fazer. O resultado? Bem, tenho de admitir que o meu ensino não serve para nada, quando ele não é visto aplicado na minha prórpia vida. Faça o que digo, mas não faça o que eu faço...

Melhor será quando dissermos com a coragem de Paulo: "olhem para o que eu faço, e me imitem, porque eu estou imitando Cristo!"

O vídeo abaixo ilustra bem isso. O padre Marcelo Rossi, em entrevista, diz como se encara um cão feroz com atitude de fé. Duas semanas depois... assita o vídeo. Será melhor do que se eu contar! (rá!)



O cachorro mordeu o "calcanhar de aquiles" do padre - e dos pastores também:
A COERÊNCIA!!!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

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Pra Cumprir Teu Chamado

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