quinta-feira, 14 de maio de 2015

O Cético e o Lúcido

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:

1- Você acredita na vida após o nascimento?
2- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.

1- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
2- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.

1- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída - o cordão umbilical é muito curto.
2- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.

1- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
2- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.

1 -Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
2- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.

1- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
2- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela...

PENSE NESTA ANALOGIA COM A CERTEZA DA VIDA ETERNA COM DEUS...

terça-feira, 24 de março de 2015

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A CRISE HÍDRICA E O CAMPO DE PROVAS DE DEUS


“Algum tempo depois, o riacho secou- se por falta de chuva.” (1Re 17.7)

Depois de assistir a tantos filmes futuristas com cenários desérticos e sol escaldante como, por exemplo, “O Livro de Eli”, não imaginava viver dias como os da atualidade em que a água está acabando de verdade.

Crescemos ouvindo falar de consciência ecológica, preservação do recursos naturais, cuidado com a natureza. Mas eu confesso que tudo isso parecia muito distante de mim.

A dura realidade chegou – vivemos dias de riachos, represas e reservatórios secos. Até a Lagoa Rodrigo de Freitas está secando! Pode ser uma coisa dessas?!

Não há o que remediar: tudo o que vivemos é resultado do desperdício, do mal uso e do abuso. É colheita do que nossa geração mesmo semeou. É, também, saldo da incompetência das políticas públicas em todos os níveis que transformaram gestão ambiental em questão política quando deveria ser técnica. Falávamos em preservar o planeta para as próximas gerações, mas não contávamos que seríamos, nós mesmos, as primeiras vítimas dos nossos desmandos.

O profeta Elias começou o seu ministério às margens de um riacho que secou por falta de chuva. Ele aprendeu às margens de uma Cantareira, de uma Santa Branca. No seu caso nem volume morto havia para amenizar a crise. Elias soube bem o que significa ter sede e não ter o que beber, sentir calor e não ter como se refrescar. E mais: ele estava lá porque Deus mandou. O riacho secou e nem foi por desperdício. Daquela vez, foi o próprio Deus que precisava ensinar algo precioso em tempos de escassez e de crise.

Quando estamos diante de riachos secos queremos explicações, queremos sentido e direção. Para onde ir? Há algum rio que possa ser transposto para o nosso reservatório? Há uma nuvem no céu que nos dê esperança? Será que Deus nos abandonou aqui sozinhos?

Tempos de riachos e reservatórios secos podem ser um excelente campo de treinamento de Deus. Afinal, como Elias aprendeu, tempos de seca não cancelam o plano de Deus. Ao contrário, Deus tem uma preferência muito peculiar pelos desertos a fim de nos aperfeiçoar.

Parece que a população despertou para o uso consciente da água e da energia elétrica. Percebo que há, finalmente, um senso de comunidade que nos torna co-responsáveis pelo bem-estar uns dos outros. Despertamos para a realidade de que o deserto em que morre um, morreremos todos. Ou seja, em tempos de crise hídrica, os cidadãos estão encontrando maneiras criativas de vencer e sobreviver a agrura da seca.

Duas lições que podemos extrair do riacho seco de Elias, e que têm algo de oportuno em tempos de racionamento:

1) O DEUS QUE DÁ A ÁGUA TAMBÉM PODE RETER A ÁGUA. No caso de Elias, Deus secou o riacho. Elias havia orado para que parasse de chover (v.1). Em nossos dias, foi o nosso desperdício. De um modo ou de outro, agora resta-nos apenas uma esperança: a chuva que virá do Alto. Esta é a lei que rege o universo. Deus é soberano. Ainda que sejamos responsáveis pelas nossas escolhas – muitas vezes más, a soberania de Deus sempre resultará em revelar a sua glória. É imediato concluir: “Deus esqueceu-se de mim…” Porém, a saída é confiar que no final prevalecerá a Graça (Isaías 49.14-16).

2) ELE AINDA NÃO TERMINOU CONOSCO. O verso 8 revela que a história não acaba no riacho seco. Deus ordena, por meio da Sua Palavra, que Elias retomasse o seu caminho. O deserto não é lugar pra morrer. O deserto é lugar para aprender! Agora é hora de ir em frente. O que se pode aprender às margens de um riacho que secou é que se ainda estamos vivos, ainda há um caminho a ser percorrido. Há um propósito a ser cumprido.

O riacho seco nos coloca na linha. Assim como a crise hídrica está no obrigando a rever nossos hábitos, nossa postura, nossas escolhas, os tempos de riachos secos que atravessamos servem para que sejamos transformados e melhor preparados para viver com Deus.

Ah! E feche a torneira…

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