quinta-feira, 29 de setembro de 2011

40 Dias pela Família


Prega a Palavra!

Quero pregar até que não tenha mais fôlego. Nada me incomoda mais do que a idéia de me ‘aposentar’.
Entrevista com Charles Swindol
Por J. R. Kerr

Charles Swindoll, 75 anos, está se aproximando de um momento no qual as pessoas costumam desfrutar suas vidas como aposentadas. Ele, todavia, não abre mão de continuar a pregar a palavra, e as gerações mais jovens ainda o têm como modelo. No passado, a Universidade Baylor e o jornal Leadership o consideraram um dos melhores pregadores da América. O Chanceler do Seminário Teológico de Dallas tem trabalhando no ministério pastoral há mais de quarenta anos, e já contribuiu, de diversas formas, com a publicação de mais de 70 livros. Suas pregações têm sido transmitidas por mais de 2000 rádios em todo o mundo.

Swindoll, que também é o pastor sênior da Stonebriar Community Church, em Frisco, Texas, começou a trabalhar recentemente em uma série de 27 comentários bíblicos, dos quais o primeiro foi Insights em Romanos (Zondervan). J R Kerr, um dos pastores da Park Community Church, em Chicago, falou com Swindoll e pediu que ele desse alguns conselhos a pastores mais jovens.

Tem havido uma renovação na pregação centrada no evangelho, na qual o foco está na expiação, e em se fazer de Jesus um herói. Como você responde aos críticos que dizem que uma pregação muito focada em questões históricas tira a atenção do cerne do evangelho?

Ao apresentar o evangelho às pessoas, você as está apresentando algo no qual possam acreditar. Para isso, é necessária toda uma preparação. Você não chega, entrega a mensagem de maneira fria e se despede. É necessário despertar um desejo no povo. Por exemplo, quando Jesus falou sobre o semeador, ele não apresentou nenhuma fórmula. Ao invés disso, ele se utilizou de uma realidade conhecida das pessoas – o semeador saindo a semear – e talvez tenha até apontado para um semeador que fazia seu trabalho, enquanto contava a estória. Ao expor uma mensagem às pessoas, preciso fazer de tal forma que revele a elas as necessidades dos seu dia a dia; sua história. Algumas das coisas mais importantes a se pregar podem ser vestidas com roupagens históricas. É evidente que o objetivo é o de sempre pregar a Cristo, sua graça, amor, misericórdia, compaixão, discernimento e sabedoria. Acho que soa um pouco estranho criar uma estória só para encaixá-la na mensagem do evangelho. Nem todo texto carrega a mensagem do evangelho.

Quais conselhos o senhor tem para jovens pregadores?

Gostaria que eles dissessem, ‘quero levar a sério minha tarefa de pregar a Bíblia. Não vou ficar enrolando o povo, fazendo da entrega da mensagem uma mera oportunidade de entretenimento. Quero apresentar a elas a Palavra, fazer com que tenham interesse por sua mensagem. Quero caminhar pelos livros da Bíblia, apresentando o que é importante, e fazendo disso minha grande tarefa. Quero ser conhecido, em vinte anos, como um expositor. Quero ser capaz de pegar as Escrituras e mostrar às pessoas como elas são relevantes. Quero começar a expor Romanos 1.1, e quando chegar ao final do capítulo 16, quero que as pessoas pensem, ‘como eu pude passar metade da minha vida sem conhecer essa mensagem?

Se eu, em algum momento, tivesse escrito um livro sobre pregação, ele conteria três palavras: pregue a Palavra. Livre-se de todas as coisas que lhe prendem e impedem de expor o evangelho com pureza; pregue a Palavra. 2 Timóteo 4.2 diz ‘pregue a Palavra a tempo e fora de tempo’.

Um de meus mentores, Ray Stedmen, costumava dizer, ‘nunca tire o dedo do texto, a despeito de você estar expondo-o ou aplicando-o. Faça com que os olhos das pessoas estejam fixos nele, e fale acerca de Jesus’. É simples assim.

Como o senhor pretende viver seus próximos anos?

Quero pregar até que não tenha mais fôlego. Nada me incomoda mais do que a idéia de me ‘aposentar’. Coisas estranhas acontecem quando você se descompromete. Primeiro você fica muito mais negativo; depois você começa a contar para as pessoas sobre suas últimas cirurgias. Enfim você acaba perdendo os contatos com os outros. E eu não quero perder contatos.

Traduzido por Daniel Leite
Recebido por email do meu amigo Roberto Silvado

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Oh, a Tentação!

O vídeo é de 2009, mas atualizando meus arquivos encontrei-o. Ilustra bem o dilema vivido entre a vontade de não fazer, e fazer o que dá vontade... Isto é tentação!

SÁBIOS SÃO OS QUE SABEM SER CORRIGIDOS

Na semana que passou, li esta frase profunda de Fred Smith que disse com muita propriedade: “Num tempo de líderes fracos, heróis decadentes, pais atarefados, instrutores enfurecidos, autoridades arrogantes e talentos intelectualizados, precisamos mais do que nunca de mentores. Precisamos de condutores, não de ídolos – almas cuidadosas, acessíveis, que venham nos auxiliar a abrir nosso caminho através do labirinto da vida.”

O individualismo e a arrogância estão muito presentes e atuantes em nosso caráter nessa geração pós-moderna. O sentimento de vaidade e orgulho ditam o comportamento dominante e afastam uns dos outros. Homens e mulheres ocupam cargos e funções movidos por interesses próprios e em alguns casos, excusos.

O diagnóstico há de revelar que tais atitudes e sentimentos subtraíram o senso de equipe, de cooperação, de serviço, de bem comum.

O rei Salomão escreveu, há muitos anos atrás, um provérbio que precisa ser incorporada à minha vida, e à vida de todos os que ocupamos postos de liderança em todas as instâncias: “...Corrija e ensine a pessoa sensata e ela ficará melhor e mais sábia. Ensine o justo e ele será ainda mais honesto e sincero”. (Provérbios 9:8-9)

O mundo não precisa de fenômenos. O mundo precisa de homens de caráter. Não precisamos de gênios. Carecemos de seres ensináveis. Os melhores não são os sabem tudo. A convivência vai mostrar que é melhor estar ao lado de quem está disposto a aprender. Raros são os que dão valor às experiências dos outros, e validam fato de que o outro pode ter razão.

Honestidade, sinceridade e sensatez. No contexto em que Salomão escreveu, estas qualidade abrem as portas para a sabedoria, para o aperfeiçoamento e para a excelência. Ou seja, sem tais marcas o homem revela-se tolo.

O que isso significa na prática? Todos nós nos tornamos sábios, e nos aperfeiçoamos quando reconhecemos que precisamos e podemos melhorar, quando aceitamos a correção e quando alinhamos nosso entendimento ao processo estabelecido no corpo do qual fazemos parte como membros.

Parece-nos mais fácil caminhar sozinho, enchermo-nos de razão, suprirmo-nos a nós mesmos, acharmos que somos suficientes e sabedores de tudo sobre todos. É difícil lidar com quem sempre tem razão.

Rebelamo-nos contra a organização, contra a metodologia, e contra a direção que nos é dada. A consequência é que perdemos nos relacionamentos. Estagnamos. Afastamo-nos. Terminamos sozinhos. 

Sabedoria é viver disposto a aprender. É ouvir, corrigir, contribuir, relacionar-se.

Sabedoria é algo que se adquire quando se está disposto a perder.

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Pra Cumprir Teu Chamado

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