sexta-feira, 27 de novembro de 2009

É purque u Mundu é Redono...



Ah, tá! Agora entendi...

Encontrei a pérola no Pavablog

TUDO O QUE HOJE EU PRECISAVA REALMENTE SABER, EU APRENDI NO JARDIM DE INFÂNCIA

É chavão a expressão “mais um ano está terminando”, mas é a mais pura e dura realidade. A gente já começa a fazer as contas de tudo o que foi feito, ou deixado de fazer, e renovamos a expectativa pelo que virá.

Isto significa que o tempo está passando, que estamos vivos, que estamos ficando mais velhos, que as oportunidades não se repetirão exatamente como as tivemos no passado, e que já começamos a colher os frutos das nossas escolhas e decisões.

Dentro das mudanças, vemos nossos filhos crescerem e alçarem novos vôos. No próximo ano, nossa filha já passa para um novo módulo em sua escola. Como cursará o 2º ano do Ensino Fundamental, mudará de prédio. Isso tem gerado nela expectativa pelo novo, pela surpresas e pelo desconhecido. Um simples mudança de prédio traz consigo muita coisa diferente.

O novo prédio não terá mais a configuração lúdica do atual onde está concluindo o Jardim de Infância com tantos brinquedos, pinturas e outros elementos que mantém na mente dos pequeninos o lado bom de ser criança.

Pensando no fato de que minha filha deixa o Jardim de Infância para continuar crescendo, lembrei-me de um texto de Robert Fulghum que fala que tudo o que hoje precisamos saber sobre como viver, o que fazer e como ser, nós aprendemos no Jardim de Infância.

Acabamos por aprender que a verdadeira sabedoria não se encontra no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia. Fulghum nos traz às lembrança estas coisas:
  • Compartilhe tudo.
  • Jogue dentro das regras.
  • Não bata nos outros.
  • Coloque as coisas de volta onde pegou.
  • Arrume sua bagunça.
  • Não pegue as coisas dos outros.
  • Peça desculpas quando machucar alguém.
  • Lave as mãos antes de comer.
  • Dê descarga.
  • Respeite o outro.
  • Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco e pense um pouco e desenhe, pinte, cante, dance, brinque e trabalhe um pouco todos os dias.
  • Tire uma soneca às tardes.
  • Quando sair, cuidado com os carros; dê a mão, fique junto.
  • Repare nas maravilhas da vida.
  • Lembre-se da sementinha no copinho plástico: as raízes descem, a planta sobe e ninguém sabe realmente como ou porque, mas todos somos assim.
  • O peixinho dourado, o Hamster, os camundongos brancos e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem.
  • Nós também.
  • Tudo o que você precisa saber está lá em algum lugar.
  • A Regra de Ouro é o amor e a higiene básica.
  • Ecologia, política, igualdade, respeito e vida sadia.
Curiosamente, se pegarmos qualquer um desses itens, colocá-los em termos mais adultos e sofisticados e aplicá-los à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo ou ao seu mundo, veremos como ele é verdadeiro, claro e firme.

Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos com leite todos os dias, se por volta das três da tarde pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca.

Ou se todos os governos tivessem, como regra básica, devolver todas as coisas ao lugar em que elas se encontravam e... arrumassem a bagunça ao sair!

E é sempre verdade, não importando a idade: ao sair para o mundo, é sempre melhor dar as mãos e ficar junto.

Que a Letícia nunca se esqueça disso! Que você e eu, nunca nos esqueçamos de tudo o que aprendemos quando éramos crianças. Provavelmente, agiremos para transformar o mundo em um lugar melhor.

“Instrui a criança no caminho em que deve andar,
e mesmo quando envelhecer não se desviará dele.” (Provérbios 22.6)

“e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes
e não vos tornardes como crianças, nunca entrareis no reino dos Céus.
Portanto, quem se tornar humilde como esta criança,
esse será maior no reino dos Céus. (Mateus 18.3-4)”

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Enterrando o Velho Homem



"Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência]. Ora, nessas mesmas coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas. Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos. (Colossenses 3.-5-11)

Singela Homenagem

E o Fluminense, heim? Que coisa... e olha que eu torci! Fiquei até sem fôlego. Deve ter sido a a(l)titude com que jogou a LDU (de novo, again...)

Achei até que já tinha visto o jogo de ontem, mas não lembrava onde. Lembrei! Foi aqui:

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ser Igreja Hoje

Comecemos pelo começo: Jesus Cristo não organizou nenhuma igreja. Não fundou a Igreja Católica Romana, nem a Ortodoxa, nem a Luterana, nem a Anglicana ou qualquer outra denominação que delas tenha se originado, como batistas, presbiterianos ou metodistas. O Senhor Jesus, em seus ensinos registrados nos quatro Evangelhos, formulou tão-só um conceito de igreja.

Aquelas comunidades de fé que se aproximam desse conceito formulado pelo Senhor, são capazes de refletir os princípios e valores do reino de Deus, e podem ser chamadas, por isso mesmo, de igrejas de Jesus.

Aquelas, porém, que desse conceito se afastam, não passam de meras organizações religiosas, não são mais do que instituições eclesiásticas, associações de manipulação da fé, amontoamentos de fanáticos, ajuntamentos de falsa piedade, conglomerações de experiências com a transcendência, clubes de sociabilidade fi-lantrópica, palcos de exibição de milagres, currais de sustentação política, feudos legalistas, casulos do tradicionalismo e coisas semelhantes.

Nenhuma igreja possui o monopólio da verdade. Todas elas, sem exceção, têm virtudes e falhas. Mas o desafio de uma igreja é, justamente, acumular mais virtudes do que falhas. E quanto mais uma igreja estiver próxima do conceito proposto pelo Senhor Jesus, mais virtudes conseguirá mostrar à sociedade em que está inserida.

Para conhecer melhor o propósito de Deus para a igreja só há um caminho a ser percorrido: o do conhecimento das Escrituras, onde os propósitos divinos estão registrados.

Desse modo, convém buscar uma igreja que valorize, respeite e interprete corretamente a Palavra de Deus, se de fato queremos fazer parte de uma igreja que respeita a fórmula proposta por Jesus Cristo.

Igrejas em que a Bíblia tornou-se apenas objeto de decoração sobre um púlpito vazio do poder do Espírito, congregações onde pastores usam a pregação com o único objetivo da autopromoção e do culto à personalidade, comunidades nas quais os crentes buscam o simples extravasamento emocional, através de cânticos repletos de animação e orações de um ardor quase histérico, sem o autêntico desejo de colocar em prática os ensinamentos da Palavra pregada, constituem-se somente numa caricatura de igreja, carregam consigo o rótulo de igreja, mas há muito deixaram de ser o verdadeiro Corpo de Cristo.

A proclamação, a adoração, o discipulado, o serviço e a comunhão de uma igreja dependem, de maneira fundamental, da influência das Escrituras sobre a experiência, a vida e o testemunho dos congregados. O lugar que a Palavra de Deus ocupa na comunidade de fé define a qualidade doutrinária, moral e espiritual dos crentes.

Estamos assistindo o desprestígio gradativo e consistente dos evangélicos no Brasil. Já não é fácil identificar-se como evangélico porque as pessoas logo vincu-lam a denominação aos pregadores desvairados e aos manipuladores inescrupulo-sos que aparecem na mídia. Igrejas evangélicas são vistas, em nossos dias, como antros de fanatismo e ignorância. E somos obrigados a concordar que esses evangélicos expostos nas rádios e nos canais de televisão nada têm a ver com o Evangelho.

Não é fácil fazer parte da Igreja hoje. Porque não é fácil encontrar joelhos que ainda não se dobraram a Baal. Ou a Mamom.

Mas eles existem. Permanecem fiéis. E um dia vão se juntar a eles vários outros que, decepcionados com essas igrejas de fachada, desejarem retornar ao propósito inicial de Jesus Cristo para o seu povo.

Texto do meu amigo Carlos Novaes

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Eu Não Me Esquecerei de Ti

É a terceira vez em três anos que um bebê morre ao ser esquecido dentro do carro pela mãe. Com apenas 5 meses, a criança foi deixada no carro, porque, segundo a mãe, sua rotina matinal foi alterada. Ao invés de deixá-lo na creche antes da irmã, alterou o caminho, pois o levaria ao médico.

A mãe foi direto para o trabalho, trancou o carro e deixou a criança lá dentro. Resultado: o bebê teve queimaduras graves e morreu de parada cárdiorrespiratória.

A notícia choca qualquer um. Estarrecedora! Não alcanço o estado de miséria em que se encontra essa mãe. Oro por ela.

Os especialistas (e sempre tem um especialista para explicar o inexplicável) afirmam que não é da natureza materna (e paterna) o esquecimento de um filho. Isso deveu-se, provavelmente, à rotina estressante a que o ser humano está sujeito em seu dia-a-dia, dizem eles.

As cobranças, as pressões, os compromissos, as agendas, as demandas, e tudo mais que caracteriza esse tempo acelerado em que vivemos, tem servido para justificar (ou pelo menos, explicar) todo o devaneio da humanidade.

A questão, para mim, é que muito se explica, mas pouco se justifica. Aonde iremos, e onde chegaremos correndo tanto assim? Os especialistas apontam as causas, mas não têm coragem de agir para saná-las. Possivelmente, porque eles mesmos sejam (como você e eu somos) vítimas dessa pane geral que vivemos hoje.

Contrapondo-se a tudo isso, a Bíblia fala de um Deus - o Criador - que jamais se esquece de mim. E usa como referência a extremo absurdo de uma mãe esquecer-se de seu próprio filho. Está em Isaías 49.15: "Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti."

A vida e suas conjunturas parecem ser implacáveis. Entretanto, apego-me a Deus que prometeu, e cumprirá, que não me deixará jamais. Isto me dá forças para prosseguir.

Desejo que essa mãe não seja condenada pela justiça, nem pela opinião pública. Ela já está sendo condenada pela sua própria consciência, e punida pelo vazio em seu coração. Quem pode medi-lo?

Que Deus dê graça sobre ela!

E a vida segue... Que a gente tenha coragem para tirar o pé do acelerador para apreciar a paisagem. Que não fique ninguém esquecido pelo caminho, muito menos trancado no carro.

Lembremos do Criador, para que não nos esqueçamos de nada, muito menos DE NINGUÉM!

Paz e Alegria.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A Dor do Abandono – Nós devemos fazer diferente!

Era uma manhã de sol quente e céu azul quando o humilde caixão contendo um corpo sem vida foi baixado à sepultura.

De quem se trata? Quase ninguém sabe.

Muita gente acompanhando o féretro? Não. Apenas umas poucas pessoas.

Ninguém chora. Ninguém sentirá a falta dela. Ninguém para dizer adeus ou até breve.

Logo depois que o corpo desocupou o quarto singelo do asilo, onde aquela mulher havia passado boa parte da sua vida, a moça responsável pela limpeza encontrou em uma gaveta ao lado da cama, algumas anotações.

Eram anotações sobre a dor...

Sobre a dor que alguém sentiu por ter sido abandonada pela família num lar para idosos...
Talvez o sofrimento fosse muito maior, mas as palavras só permitem extravasar uma parte desse sentimento grafado em algumas frases:

Onde andarão meus filhos?
Aquelas crianças risonhas que embalei em meu colo, alimentei com meu leite, cuidei com tanto desvelo, onde estarão?
Estarão tão ocupadas, talvez, que não possam me visitar, ao menos para dizer “olá, mamãe”?
Ah! Se eles soubessem como é triste sentir a dor do abandono... A mais deprimente solidão...
Se ao menos eu pudesse andar... Mas dependo das mãos generosas dessas moças que me levam todos os dias para tomar sol no jardim... Jardim que já conheço como a palma da minha mão.
Os anos passam e meus filhos não entram por aquela porta, de braços abertos, para me envolver com carinho...
Os dias passam... e com eles a esperança se vai...
No começo, a esperança me alimentava, ou eu a alimentava, não sei...
Mas, agora... como esquecer que fui esquecida?
Como engolir esse nó que teima em ficar em minha garganta, dia após dia?
Todas as lágrimas que chorei não foram suficientes para desfazê-lo.
Sinto que o crepúsculo desta existência se aproxima...
Queria saber dos meus filhos... dos meus netos...
Será que ao menos se lembram de mim?
A esperança, agora, parece estar atrelada aos minutos... que a arrastam sem misericórdia... para longe de mim.
Às vezes, em meus sonhos, vejo um lindo jardim...
É um jardim diferente, que transcende os muros deste albergue e se abre em caminhos floridos que levam a outra realidade, onde braços afetuosos me esperam com amor e alegria...
Mas, quando eu acordo, é a minha realidade que eu vejo... que eu vivo... que eu sinto... estou só...
Um dia alguém me disse que a vida não se acaba num túmulo escuro e silencioso. E esse alguém voltou para provar isso, mesmo depois de ter sido crucificado e sepultado...
E essa é a única esperança que me resta...
Sinto que a minha hora está chegando...
Depois que eu partir, gostaria que alguém encontrasse essas minhas anotações e as divulgasse.
Gostaria que elas pudessem tocar os corações dos filhos que abandonam seus pais em asilos, e jamais os visitam, ou que os ignoram mesmo quando estão tão perto...
Que eles possam saber um pouco sobre a dor de alguém que sente o que é ser abandonado, sozinho, esquecido...


A data assinalada ao final da última anotação foi a data em que aquela mãe, esquecida e só, partiu para outra realidade. Não sei se a narrativa é verídica. Mas está presente em todos os asilos do mundo.

Nós, porém, devemos agir diferentemente! Semeemos amor, carinho, honra aos idosos para que quando chegarmos lá, recebamos o mesmo.

Quando todos os outros chegarmos lá, saberemos que valeu a pena o que tivermos feito por aqueles que já fizeram muito por nós hoje.

Com carinho e amor por nossos anciãos.
Para quem é aficionado por tecnologia como eu, e talvez sofro de nomofobia, uma notícia como essa causa sudorese nas mãos de nervoso e ansiedade: quando eu terei um desse?


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Passando Vergonha - A Porta do Racismo

Certamente você, como eu, já vivemos o constrangimento do travamento da porta giratória da maioria dos bancos em nosso país sem uma razão plausível. Diz a gravação que e a porta está travada por causa da detecção de objetos de metais tais como chaves, celulares e outros possíveis balangandãs - armas, por exemplo... às vezes eu peco pela vontade de ter uma... (ih, falei...)

Sempre tive a "certeza dedutiva" de que é o carinha que está com a mão no bolso ou na cabine de fibra de vidro que indo, ou não com a sua cara, é que "pimba": tasca o dedão no botão e o circo fica armado...

Já me estressei demais, briguei demais, saí do sério demais por causa da tal porcaria de porta com detectores de metais. Não por intenção, mas a agência para a qual migrei nos últimos três anos, não tem a engenhoca eletrônica. Feliz coincidência!

O fato é que minha teoria está mostrada pelo vídeo abaixo. A tal porta funciona com a tecnologia que rege a consciência de cada ser humano que a controla - o preconceito que rege a todos nós!



Como diria a nossa empregada doméstica: "Só Jesus nessa causa, pastor!"

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tem Cuidado de Ti Mesmo, Timóteo!


"Pastores à beira de um ataque de nervos". Este é o título de um excelente artigo publicado na Revista Eclésia, edição 118, assinado por Uilian Uilson Santos.

Seu texto se refere ao aparecimento cada vez mais freqüente, de doenças emocionais em pastores e líderes evangélicos. Entre as principais causas do fenômeno, destacam-se:
  • Descuido com a saúde mental
  • A solidão
  • A falta de conselheiros para compartilhar seus problemas
  • O ativismo ministerial
  • A falta de repouso adequado (férias e folgas)
  • A pressão institucional por resultados em termos de número de membros e ofertas
Baseado numa tese de psiquiatria e religião, intitulada “a prevalência de transtornos mentais entre ministros religiosos”, o artigo revela os seguintes índices:
  • 47% dos pastores evangélicos sofrem de transtornos mentais
  • 16% têm depressão
  • 13% Não conseguem dormir normalmente
Conheço alguns companheiros que apesar de manifestar os sintomas dos distúrbios mentais e emocionais, teimam em manter o mesmo padrão de vida (desgraçadamente vivida).

Quem acaba no final sendo penalizada com isso, é a família do pastor ou líder, que por ser transformada em escape de suas neuroses, psicoses e demais distúrbios, sofre constantemente com seus ataques de nervos, mal humor crônico, maltratos e outros descarregos emocionais.

Encontrado aqui
Dica do Osmar

Não deixe o seu notebook de sopa pra vovó!

Literalmente, ela poderá fazer uma sopa com ele... =)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Pastor, O sucesso e o Estresse

Veja o quadro que Marshall Shelley pinta sobre o estresse pastoral (maio/1985 - Christianity Today, 1985), artigo com o título “O problema do pastor machucado”. Ele esboçou os vários papéis que se espera que o pastor cumpra hoje:

PASTOR/SERVO: Que satisfaz as necessidades pessoais de cada um com mansidão sem pensar em recompensa pessoal.

PROFETA/POLÍTICO: Que domina o conteúdo dos jornais enquanto luta pela verdade e justiça.

PREGADOR/ANIMADOR: Que atrai as pessoas com sermões interessantes, animadores e divertidos.

PROFESSOR/TEÓLOGO: Que desafia o estudante mais competente da Bíblia com o “filé” do conhecimento “versículo por versículo”.

EVANGELISTA/EXORTADOR: Que consegue converter pessoas tanto através do evangelismo pessoal quanto em cruzadas evangelísticas.

ORGANIZADOR/PROMOTOR: Que vem administrando um programa de educação religiosa eficaz, um excelente ministério de música, e atividades sociais para todas as idades.

VISITADOR/CONFORTADOR: Que visita os doentes, que consola o necessitado e joga xadrez com os solitários.

CONSELHEIRO/CONCILIADOR: Que oferece soluções para o aflito, terapia para o transtornado, mediação para os que estão em discórdia e restauração para os divorciados.

TREINADOR/CAPACITADOR: Que treina as pessoas pessoalmente para o serviço, ensina, evangeliza, organiza, visita e aconselha.

Qual destes papéis pastorais não é bíblico? Qual deles não é bom? Contudo, a combinação de todos estes papéis é suficiente para matar qualquer um. É impossível ser 100% bom em tudo isso! Poucas carreiras têm as expectativas de abrangência que se tem do ministério pastoral. Por ser “de tudo um pouco” em uma sociedade que aprecia a especialização, os pastores acabam sentindo uma sensação de impotência e irrelevância. Por serem estas expectativas inatingíveis, muitos pastores já estão acabados em um ano! De quem se espera uma vida conjugal perfeita na igreja? De quem deve ser os filhos perfeitos? Parece que se o pastor for genuíno, ele corre o risco de ser rejeitado. Espera-se que os pastores não falhem, não sintam dor, não reclamem - parece que o pastor não pode ser humano. Mesmo assim, o pastor também sangra.

Existe uma nova mentalidade consumista entre os membros de igreja que contribui para esta tensão na vida do pastor. Em vez de se fixarem numa igreja, as pessoas estão “comparando preços” dos serviços religiosos e atividades. Em lugar de trabalhar para solucionar problemas, quando eles não conseguem o que desejam simplesmente vão para outra igreja. Ou melhor ainda, eles se livram do pastor (eles ficam e o pastor vai) - especialmente se a igreja não está explodindo em crescimento. É quase como demitir um treinador que não ganhou o último campeonato.

Se os pastores soubessem com antecedência de algumas das experiências que teriam posteriormente, quantos teriam entrado para o ministério? Note como o “sucesso” no ministério é freqüentemente definido. Quase sempre o ministério bem-sucedido é descrito em termos quantitativos: Quantos batismos você fez? Quantos alunos tem a sua EBD? Quantos novos membros? Como está o orçamento da igreja? Está conseguindo cumpri-lo? E as ofertas? Você está tendo que construir um templo novo? Quantos missionários você tem no campo?

O sucesso no ministério pastoral deve ser medido com a qualidade do crescimento espiritual nas vidas dos crentes (ex. Jesus e seus discípulos). O sucesso deve ser avaliado através da diferença produzida nas vidas das pessoas. Na ajuda às pessoas para que se tornem cada vez mais parecidas com Cristo. O problema é que nós enfatizamos o trabalho e não o fruto.

Tradução/Adaptação: Davi Liepkan
Fonte: Rapha Care - Ministério de Aconselhamento - www.raphacare.com

Resista ao Habitual



Dica do Osmar

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Carta Aberta ao Bispo Rodovalho

Por Renato Vargens

Prezado Bispo, gostara muito de entender o que aconteceu com o seu ministério. Lembro que o conheci em 1988 como pastor da então Comunidade Evangélica de Goiânia. Naquele tempo o senhor não era deputado federal, nem tampouco tinha qualquer ambição política. O que chamava a atenção de todos que iam a sua igreja era o evangelho simples, além da boa música cantada pelo meu amigo Bené Gomes. Naqueles dias o senhor não defendia a necessidade de se quebrar maldições hereditárias, não fazia apologia a teologia da prosperidade, nem tampouco possuía uma visão cristã megalomaníaca.

Caro Robson Rodovalho, os anos passaram, a vida tomou outro rumo e eu não mais o encontrei, no entanto, sempre que posso acompanho de longe o seu ministério, e confesso que fiquei estarrecido com as aberrações teológicas propagadas pela Sara Nossa Terra.
Caro irmão, a revista Eclésia publicou uma entrevista sua onde o senhor de forma descarada defende a teologia da prosperidade.

“Jesus tinha uma roupa tão bonita, tão cara, que os soldados disputaram para ver quem ficaria com ela. Outra coisa, Jesus era acompanhado por mulheres ricas que o serviam. Ele tinha seus doze discípulos e mais um grupo de 20 a 30 pessoas para alimentar diariamente. Quanto custa isso? A casa de Lázaro e outras residências onde ele se hospedava eram de classe média na época, ou até mesmo média-alta. Portanto, eu não consigo enxergar na Bíblia Jesus como uma pessoa paupérrima. Ele viveu como um rabi, que era um mestre. Eu não vejo Jesus pobre, mas vejo que ele demonstrava no seu estilo de vida excelência, tinha uma vida abençoada – multiplicou pães, proveu boa pescaria aos seus discípulos. Como Senhor e Deus, ele tinha acesso às riquezas.”

Prezado pastor, assusta-me o fato de vê-lo forçar um texto bíblico para justificar a teologia da prosperidade. Ora, vamos combinar uma coisa, falar de que Jesus era rico é uma verdadeira sandice não é verdade?

Para piorar a situação li no Genizah que o senhor está trazendo ao Brasil o Pr. nigeriano, Mathew Ashimolo, para aplicar um seminário cujo título é: “unção para adquirir riquezas”. Prezado Bispo, o senhor por acaso sabia que o pastor em questão foi condenado por crimes de ingerência de recursos de caridade e outras irregularidades que levaram o governo a lhe aplicar uma multa de 200.000 libras, entre outras penalidades?

Caro Rodovalho, assusta-me o fato de que em tão pouco tempo você tenha deixado o evangelho dos Evangelhos por um evangelho doente, esquizofrênico e multifacetado.

Isto posto, desejo que o senhor abandone seus ensinamentos anti-bíblicos e regresse a simplicidade do evangelho. Rogo a Deus que o convença a abandonar no lixo as doutrinas espúrias da teologia da prosperidade, confissão positiva, maldições hereditárias, espíritos familiares e muito mais.

Naquele que é a verdade ,
Renato Vargens

Fonte:
http://www.renatovargens.com.br
Copyright © 2008 renato vargens

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Fale Pouco, Viva Mais

Por Sérgio Pavarini

O culto mais uma vez vai rolar solto, com a habitual falta de planejamento disfarçada de “liberdade para o Espírito”. Diversas cidades proibiram o uso de animais amestrados, mas a restrição infelizmente não vale para igrejas.

Chimpanzés, cavalos e leões estão livres dos números circenses, mas ovelhas continuam sendo estimuladas a repetir frases e gestos, sem esquecer do chatésimo “agora todo mundo profetizando para o irmão do lado”. Típicos em palestras de motivação ministradas (ops) por preletores despreparados, esses recursos toscos por vezes enchem... mais a paciência dos fiéis do que o ambiente de unção.

O pastor se preparou (ou ao menos deveria) durante horas. Pesquisou em diversos livros, descobriu preciosidades escondidas nas Escrituras e usou princípios de exegese, hermenêutica e homilética para alimentar adequadamente o rebanho.

No entanto, a galera do louvor geralmente não dedica o mesmo cuidado na hora da preparação. Músicas são escolhidas ao acaso (ou conforme as preferências musicais de quem lidera), a passagem do som resume-se a contar até três e, pior, quem dirige o louvor manda bala no improviso. Como aconteceu com o rei daquela historinha conhecida, frases feitas e gracinhas apenas revelam a nudez e o despreparo. Pelados na platasforma...

“Nós todos adoramos vencer, mas quantas pessoas adoram treinar?”, dizia Mark Spitz. O maior nadador olímpico de todos os tempos sabia do que estava falando. Se tivesse nascido na terra do jeitinho e da Bruna Surfistinha, o cara descobriria que por aqui o que é diminutivo também faz sucesso. Inclusive no quesito “caráter”.

Muitos músicos crentes babam de raiva ao ouvir as teorias de Darwin. Na prática, porém, parecem crer que a quantidade provocará o surgimento de qualidade. Esquecem-se de que o improviso dos jazzistas é fruto de altíssima quilometragem de dedicação e estudo. Em tempos de mantras e clichês, repetem sem parar a expressão típica de Macunaíma: “Ai que preguiça”.

Egoísta e oportunista, o anti-herói de Mário de Andrade abusou dos agás, sempre tentando se dar bem. Numa ilustração interessante do que rola em muitas igrejas, a trajetória do vagabo do romance culmina com a decisão de virar uma estrela. Macunaíma, o levita. Até quando?

Sérgio Pavarini é jornalista, marqueteiro e blogueiro e de-tes-ta ser chamado de “levita”.

Ateucracia e Heterofobia

Por Robinson Cavalcanti

A humanidade conviveu e tem convivido com regimes não-democráticos: monarquias absolutas, teocracias, ditaduras, aristocracias, oligarquias, que privilegiam famílias, etnias, religiões, partidos ou classes. Com a substituição do poder personalizado pelo poder institucionalizado, surgiram os Estados Nacionais, as constituições e a democracia, como “o povo politicamente organizado”.

Na maioria das vezes, o formalismo democrático e a liturgia das eleições apenas legitimam grupos, que controlam os aparelhos do Estado. Ao povo cabe apenas escolher periodicamente, entre os escolhidos, os seus senhores. Presencia-se no Ocidente, sob a fachada da democracia, uma nova autocracia: a dos ateus e agnósticos e materialistas secularistas -- netos do Iluminismo -- contra a maioria religiosa dos cidadãos. Essa ideologia aparece mais nítida com o término da Guerra Fria, e pretende confundir Estado laico com Estado secularista.

Por Estado laico se entende aquele legalmente separado das igrejas, sem religião oficial, com a igualdade perante a lei, que se constitui um avanço para a civilização, e que foi uma das bandeiras do protestantismo histórico no Brasil. O Estado secularista expressa uma ideologia militante de rejeição da religião, de sua negação como fato social, cultural e histórico, ou a considerando intrinsecamente negativa. No passado, tivemos a influência da filosofia positivista que, com sua “lei dos três estados”, advogava a marcha inexorável da história de uma etapa religiosa inferior para uma etapa superior, pretensamente científica ou positiva.

Essa filosofia marcou grande parte das ideologias contemporâneas, inclusive o marxismo, cujos regimes, oficialmente ateus, procuravam “colaborar” com esse processo histórico perseguindo implacavelmente a religião e tornando compulsório o ensino do ateísmo. O que essa elite iluminada tem dificuldade de aceitar é o fato de que, no século 21, a religião em vez de diminuir está aumentando, no que Giles Kepel denomina “a revanche de Deus”, e que dá o título do novo “best-seller” de John Micklethwait e Adrian Wooldridge, “Deus Está de Volta”.

Há todo um malabarismo intelectual para “explicar” essa anomalia, e, por outro lado, se procura promover um combate sistemático para contê-la. O antirreligiosismo teve como epicentro a Europa Ocidental, estendeu-se para a América do Norte, e se espalha pela periferia do sistema mundial, chegando até nós. Há uma prioridade de se atacar as religiões monoteístas de revelação, porque julgam que o monoteísmo promove a intolerância e a revelação traz conceitos e preceitos autoritativos retrógrados (o pecado, por exemplo) que se chocam com as visões tidas como superiores da autonomia das criaturas. Mais particularmente, esse ataque se centra contra o cristianismo.

A intolerância para com a religião implica impossibilitar sua expressão nos espaços públicos ou que seus seguidores ajam publicamente por motivações religiosas. A religião, para seus adversários secularistas, deveria apenas ficar confinada às quatro paredes dos templos e dos lares, à subjetividade de cada um, condenada à irrelevância. Essa elite se sente iluminada, superior, com o papel histórico de proteger as pessoas delas mesmas, de corrigir seus “atrasos” e de “educar” a humanidade, seja pelo apropriação dos aparelhos ideológicos do Estado (educação, mídia), seja pelo uso do aparelho coercitivo do Estado (leis, justiça, polícia).

Na esteira desse movimento temos tido a chatice do “politicamente correto” (moralismo de esquerda), a luta por retirar símbolos religiosos dos espaços públicos, acabar com os dias santificados, proibir a saudação “Feliz Natal” (deve-se apenas desejar “Boas Festas”), e a defesa de bandeiras como a liberação sexual, o aborto (no lugar do direito à vida, o direito da mulher a dispor do “seu” corpo), a eutanásia e a licitude das “orientações sexuais” -- a chamada agenda GLSTB (gays, lésbicas, simpatizantes, transgêneros e bissexuais). Por sua mobilização política (e não por “descobertas científicas”) se promoveu a retirada dessa anomalia do rol das enfermidades e dos ilícitos -- e se instituir o casamento homossexual -- e se parte para proibir os que querem deixá-la, cassar o registro de psicoterapeutas, forçar a maioria a mudar seus padrões morais e criminalizar os que não aderirem.

Enquanto a Europa e a América do Norte já evidenciam um novo ciclo de perseguição religiosa, corre no Congresso Nacional um projeto de lei que faria o autor desse artigo ser condenado a até cinco anos de prisão por escrevê-lo. Enquanto a minoria materialista tenta forçar uma ateucracia e a minoria homossexual tenta fomentar uma heterofobia -- ódio aos que insistem no seu direito de afirmar a normatividade da heterossexualidade, e de não aceitar a normalidade do homoerotismo -- eles recebem o apoio (cavalo de troia) de outra minoria: o liberalismo teológico. A nós, a maioria, cabe, democraticamente, o direito à resistência!

Dom Robinson Cavalcanti é bispo anglicano da Diocese do Recife e autor de, entre outros, Cristianismo e Política -- teoria bíblica e prática histórica e A Igreja, o País e o Mundo -- desafios a uma fé engajada. (www.dar.org.br)

Fonte: Ultimato

Dica do meu caríssimo L. R. Silvado

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