domingo, 2 de dezembro de 2012

A História do Natal em um Traço

Da Manjedoura à Cruz, Um Natal de Esperança

“O Deus de esperança vos encha de toda alegria e de toda paz” (Rm 15.13)

Celebrar o Natal é celebrar as bênçãos que Deus oferece a todo aquele que crê em seu filho nascido entre nós.

Natal é Esperança – Há na esperança cristã algo que nada pode matar, que nem as trevas podem apagar. Esperança é a convicção de que Deus está vivo por meio de Jesus em nós para sempre. Não podemos perder a esperança, pois o Natal trouxe ao mundo a graça de Jesus Cristo. Enquanto existir o poder de Deus, nada nem ninguém nos separará do amor de Deus. Celebrar o Natal não é olhar as circunstâncias para fazer a lista do que ou de quem está faltando. Celebrar o Natal é olhar para o alto e agradecer a manifestação incomparável do amor de Deus por nós. Amor esse que não muda, nem diminui, mesmo que as circunstâncias insistam em nos fazer acreditar nisso. Natal é celebrar a esperança de que a vida vale a pena, de que a pior pessoa pode ser transformada pelo poder do amor, de que a mais terrível circunstância resultará em glória ao nome do Senhor, de que as tristezas serão feitas em alegria, de que o chora se tornará canto, de que a morte de Jesus não foi em vão!

A manjedoura tem seu lugar de honra à sombra da cruz. De uma extremidade à outra no correr da história, um linha perfeita é estabelecida firmando para sempre o propósito maravilhoso de Deus – ele nos amou de tal forma que nos deu (manjedoura) seu único filho para morrer (cruz) em nosso lugar. A primeira não tem significado sem a segunda. A segunda não existiria se não houvesse a primeira. Ele não morreria se não tivesse nascido. Não nasceria se não fosse pra morrer por amor. Natal é celebrar a manjedoura à sombra da cruz!

Natal é Alegria – A alegria cristã não depende de coisas que estão do lado de fora do homem. Sua raiz está na fé, não nas circunstâncias. A alegria provém da convicção de que o Emanuel – Deus Conosco – habita em nós preenchendo totalmente o ser.

Natal é Paz – O homem, alguém disse, é uma criatura que olha para frente para conjecturar e temer. O único fim desse medo é a total convicção de que, seja o que for que aconteça, a mão de Deus nunca nos deixará. Acontecerão coisas que não poderemos compreender, mas se estivermos suficientemente seguros do amor, poderemos aceitar com paz até mesmo aquelas coisas mais inexplicáveis. Isto é paz! 

Ao início de mais um mês de celebrações natalinas quero desafiar você a viver uma profunda experiência de adoração, louvor e gratidão de tal maneira que a verdade do Natal e suas bênçãos encham seu coração de ESPERANÇA, ALEGRIA e PAZ.

Desde já, uma Feliz Natal para você!

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Nossa Juventude e a Tal Pós-modernidade

Chegou mais um congresso da juventude da Igreja Batista do Méier - 29, 30 de junho e 01 de julho!

O tema desta vez será a Pós-modernidade.

O preletor será o pr. Fabrício Cunha, que virá de São Paulo para o evento. Todos são convidados! A programação será transmitida online pelo nosso site: www.batistadomeier.org.br

Veja o cartaz do encontro e assista aos dois vídeos que foram produzidos para divulgar o evento.





segunda-feira, 18 de junho de 2012

A Dor do Planeta Terra

"Porque sabemos que toda a criação geme..." (Romanos 8:22)

É um filme impressionante...

Veja o que acontece quando um pedacinho de plástico cai no mar e fica boiando. Que desastre!

Trata-se do Atol de Midway em pleno Oceano Pacífico, a 2.000 km de qualquer costa. Esta ilha é desabitada. Porém, veja o que se passa devido a poluicao mundial!

Agenda Cristã da Rio+20


Seguem as informações sobre algumas das atividades do povo de Deus durante a Rio+20:

Atividade 1:
Mesa de Diálogo
Agricultura urbana como fator de desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Palestrantes:
Prof. Dr. Ednaldo Michellon da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e coordenador do Centro de Referência em Agricultura Urbana e Periurbana (CERAUP/UEM); Claudio Oliver, mestre em educação, agricultor e pecuarista urbano e coordenador da Casa da Videira.

Data: 16
Horário: 9-11h
Local: Aterro do Flamengo OU Presbiteriana do RJ (Rua Silva Jardim, 23, Centro) - a confirmar

Atividade 2:
Mesa de Diálogo
Crise ambiental e Cristianismo: o papel da Igreja na sustentabilidade.

Palestrantes: Marina Silva (IMAS), Claudio Oliver (Casa da Videira), Ednaldo Michellon (CERAUP/UEM) e Delambre Ramos de Oliveira (Seminário Batista do Sul)
Data: 16
Horário: 15h
Local: Instituto Metodista Bennett (Rua Marquês de Abrantes, 55 - Flamengo)

Atividade 3:
Distribuição cartões Ore/Envie e coleta de assinaturas
Organizadores: Rede Fale
Data: 17
Horário: 9-11h
Local: Aterro do Flamengo

Atividade 4:
Caminhada pela Sustentabilidade nas Unidades de Conservação do Brasil
Organizadores: Igrejas Ecocidadãs do Maranhão (ABAMA E APA)
Data: 17
Horário: 14-15h30
Local: Aterro do Flamengo

Atividade 5:
Seminário
Biodigestor Sertanejo, alternativa sustentável para o semiárido brasileiro

Data: 18
Horário: 16h30 - 18h30
Local: Clube Boqueirão (Salão de festas) - Marçal de Souza


Atividade 6:
Territórios do Futuro - Soluções e práticas socioambientais de Igrejas Ecocidadãs brasileiras.
Expositores: ACEV, APA dos Morros Garapenses, A Rocha Brasil, Diaconia, Ecoliber e quem mais desejar compartilhar práticas socioambientais no contexto cristão.
Data: 18 / Horário: 11h30 - 18h30
Data: 19 / Horário: 14-16h
Local: t1g - Maria Quitéria (Aterro do Flamengo)

Atividade 7:
Mesa de Diálogo
Defesa de Direitos: Experiências e Desafios da Juventude Religiosa

Data: 19
Horário: 9-11h
Local: Tenda 3 - Ary Pára-Raios (Aterro do Flamengo)

QUANDO SECA O RIACHO...

FILHOS - O DESAFIO NOSSO DE CADA DIA

Desenvolvimento Sustentável e a Bíblia - As Bases de uma Ecologia Bíblica

Mensagem proferida na manhã de 17/06/2012

Lições do Guardanapo - Nº 5

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Minha Oração de Gratidão - Margarida Lemos Gonçalves

Viveu para Fazer Diferença

Compartilho o que recebi do pr. Geremias Bento, diretor da Escola Bíblica do Ar.

Trata-se de texto extraído do Diário Oficial do Tocantins que decreta o Luto Oficial pela morte da missionária MARGARIDA LEMOS GONÇALVES.

Veja o testemunho e o legado deixado por ela que, por quase 60 anos, dedicou-se à obra. Fez diferença até o dia de sua morte, desde quando não havia recursos tecnológicos como os que temos hoje para o transporte, para a comunicação e para o ensino.

Lembrei-me do testemunho dado por Paulo acerca do rei Davi: "Tendo, pois, Davi (Margarida Lemos Gonçalves) servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu," (Atos 13:36)

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ATOS DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO

DECRETO No 4.568, de 13 de junho de 2012.

Declara luto oficial no Estado do Tocantins.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO TOCANTINS, no uso da atribuição que lhe confere o art. 40, inciso II, da Constituição do Estado, e,

CONSIDERANDO o sentimento de pesar, predominante na alma dos tocantinenses, em função do falecimento da educadora Margarida Lemos Gonçalves;

CONSIDERANDO que aos 21 anos de idade deixou o Rio de Janeiro para dedicar-se ao ministério da palavra pela Igreja Batista pregando o Evangelho de Cristo em Tocantínia, onde, durante 33 anos dirigiu o Colégio Batista do Tocantins;

CONSIDERANDO que, ao advento do novo Estado, a pedagoga Margarida Lemos foi convocada pelo primeiro Governador para assumir a Presidência do Conselho Estadual de Educação, função exercida, com louvores, durante cinco anos, período em que também dirigiu a Academia Tocantinense de Letras e fundou o Colégio Batista de Palmas;

CONSIDERANDO, ainda, que o seu passamento deixa grande lacuna e profunda tristeza na vida educacional, religiosa e social do Estado, em função de sua trajetória de pessoa pública eminente, honrada e educadora competente;

CONSIDERANDO, mais, que, até seus 85 anos, sempre procurou compartilhar com os outros as suas experiências missionárias, trazendo sua mensagem de fé e esperança nas promessas de Cristo; 

INTERPRETANDO, finalmente, o sentimento do povo tocantinense e do Governo do Estado, aliado ao desejo de prestar justa homenagem aos familiares enlutados,

D E C R E T A:

Art. 1o É declarado luto oficial em todo o Estado, por três dias, em sinal de pesar pelo falecimento da Professora Margarida Lemos Gonçalves, ocorrido hoje.

Art. 2o Este Decreto entra em vigor nesta data. Palácio Araguaia, em Palmas, aos 13 dias do mês de junho de 2012; 191o da Independência, 124o da República e 24o do Estado.

JOSÉ WILSON SIQUEIRA CAMPOS
Governador do Estado

Renan de Arimatéa Pereira
Secretário-Chefe da Casa Civil

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Câmeras de Segurança e Um Mundo Melhor

A Coca-cola mais uma vez surpreendeu e causou um impacto positivo com sua campanha "Um Mundo Melhor".

Dessa vez, uma agência de publicidade argentina fez uma compilação de imagens reais capturadas por diversas câmeras de segurança. O vídeo traz situações rápidas em que anônimos demonstram em atitudes que ainda há esperança de um mundo diferente.

As imagens falam por si mesmas. Enjoy it!


domingo, 10 de junho de 2012

LÁGRIMAS DO PASTOR

“Lembro-me das suas lágrimas…” (2Tm 1.4)

Por ocasião de mais um Dia do Pastor, compartilho o resumo de uma meditação feita pelo pr. Nelson Nunes de Lima em um retiro de pastores em Sumaré, SP.

O profeta chorou! Foi Eliseu, o sucessor de Elias, que chorou perante Hazael, por pressentir a crueldade de seu reinado para com o povo de Deus. Sim, o profeta chorou! O registro está lá em 2 Reis 8.7-15.

A Bíblia contém inúmeros exemplos de homens e mulheres que derramaram lágrimas copiosas.

Jesus também chorou, usufruindo, destarte, das bênçãos do ministério do choro. Chorou pelo amigo Lázaro que havia falecido e chorou também pela cidade de Jerusalém, por não conhecer ela o tempo de sua visitação.

Paulo chorou ao se lembrar dos incrédulos, chegando a solicitar dos mesmos filipenses: “Irmãos, sede meus imitadores e atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós; porque muitos há, dos quais repetidas vezes vos disse, e agora vos digo, ATÉ CHORANDO, que são inimigos da cruz de Cristo” (Fl 3.17-18).

Chorar é bom e necessário. Não fosse assim e Jesus não teria dedicado uma bem-aventurança especificamente a esse tema, pontificando: “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados”.

Indubitavelmente, há uma importantíssima faceta da vida cristã que não podemos jamais olvidar, esquecer e vimos por bem denominá-la: o ministério das lágrimas!

Lágrimas de contrição, de quebrantamento e de devoção, como as da mulher pecadora que, trazendo um vaso de alabastro com bálsamo e, estando por detrás, aos pés de Jesus, “chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas e os enxugava com os cabelos da sua cabeça e beijava-lhe os pés e ungia-os com bálsamo” (Mt 26.6-13).

Jesus apreciava sobremaneira o estar a sós, longe de tudo e de todos, para cultivar sua intimidade com o Pai. Quantas lágrimas deve ter ele derramado nesses momentos de comunhão, especialmente quando mergulhado em grandes e graves questões, como, por exemplo, quando da escolha de seus apóstolos, quando às vésperas da realização de um milagre, no Getsemani, pressentia os estertores da cruz.

Lágrimas de simpatia! Em João 11.32-35 lemos a narrativa dramática alusiva à visita de Jesus ao túmulo onde jazia Lázaro e cujo ponto culminante, antes da ressurreição do amigo, é a informação: “JESUS CHOROU” (João 11.35).

Por vezes escaparão ao pastor lágrimas de simpatia, pelo estado de abatimento deste ou daquele, como ocorreu a Eliseu, profeta de Deus, que chorou pelo simples fato de pressentir o sofrimento imposto ao povo do Senhor pelo rei Hazael.

Lágrimas de provações na vida cristã e no ministério, conforme as de Paulo, reveladas aos anciãos da Igreja de Éfeso em inspirador e tocante discurso em que ele disse: “Vós bem sabeis de que modo me tenho portado entre vós sempre, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, servindo ao Senhor com toda a humildade e com lágrimas e provações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram” (Atos 20.18-19).

Lágrimas de arrependimento como as de Pedro que, “havendo saído, chorou amargamente”. De muita coisa precisa o pastor se arrepender também e chorar amargamente, para que possa fazer jus à confiança nele depositada por Jesus, que lhe ordenou como ao mesmo Pedro: “Apascenta os meus cordeirinhos”, “Pastoreia as minhas ovelhas” e “Apascenta as minhas ovelhas” (João 21.15-17).

Lágrimas de reconciliação como em geral acontece mesmo ao cristão/pastor que preside com alegria e emoção o retorno vitorioso de uma ovelha/irmão ao rebanho, depois de algum tempo de afastamento.

Finalmente, lágrimas de pesar pelo mundo sem Cristo. Certamente que nos empolgamos e esperamos ansiosos aquele dia em que, nos tabernáculos eternos, haveremos de derramar lágrimas. Lágrimas de alegria, de gozo sem fim, por estarmos ante o trono do Cordeiro, lágrimas que nos serão enxugadas pelas meigas mãos de nosso Pai, “porque o Cordeiro que está no meio diante do trono os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida e Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima” (Ap 7.17).

Agradeço a Deus pelo privilégio indizível da vocação pastoral. Louvo ao Sumo Pastor pela alegria de receber de Suas mãos um rebanho tão especial como é a Igreja Batista do Méier.

sábado, 2 de junho de 2012

TALITA, mas pode chamá-la BONDADE

A história da nossa igreja é a história de Talita. E vice-versa.

Completou 91 anos. Ou completaria em julho. Isso porque tinha duas datas de nascimento. Uma de fato em abril, e outra de registro em julho. Parecia que o mundo sabia que precisaríamos de mais de uma dela... porém, foi única!

Viveu para servir.

Suas mãos talentosas e amorosas ornaram nossos salões de cultos por décadas para os cultos dominicais e para muitos casamentos. Seu tempero deu sabor inesquecível a almoços de confraternização. Sua arte e habilidade confeitaram inúmeros bolos de casamento. Seu zelo matinha nossa cozinha sempre em ordem. Sabia tudo sobre os nossos utensílios. Como uma valorosa e fiel guardiã não permitia que nada saísse dos armários sem seu conhecimento e consentimento. Deixava as cozinheiras-aprendizes à vontade para arriscarem-se na beira do fogão, mas a última palavra deveria ser sempre dela.

Diaconisa em sua plenitude. Na essência e na aparência.

Viveu para amar.

Seu sorriso sempre cativante. Sua voz meiga, mas firme, não deixava dúvida sobre a certeza de que a obra do Senhor deveria ser levada muito a sério. Incentivadora da juventude. Cuidadosa com as moças. Atenciosa e hospitaleira com todos.

Cuidou dos seus. Foi mãe para a irmã, avó para os sobrinhos, irmã para o cunhado. Deu cor variada, e valioso significado aos laços da família. Não importava quem fosse, o importante era amar.

Não casou-se. Deus tinha um propósito para isso. Não deixou bens. Viveu para repartir. Não deixou herdeiros. Deixa um exemplo!

Em seu coração nasceram filhos. E quantos... Deixa-nos um legado: servir pra viver, viver pra servir. Seu amor não foi exclusivo. Foi inclusivo! Cabíamos todos em seu enorme coração.

Partiu para estar com seu amado Senhor. Preparou-se para este dia durante toda a sua longa vida. Finalmente ontem chegou à casa!

Agora o seu sorriso é ainda mais lindo. Sua voz é mais doce. Seu coração está glorificado. Em sua cabeça, por sua fidelidade até a morte, a Coroa da Vida!

Hoje ela é eterna. Como eterna é a nossa gratidão e o nosso reconhecimento por tudo o que ela foi, fez viveu entre nós.

Insubstituível. Porém, exemplar.

Que o Senhor nos conceda a bondade de sempre lembrar e seguir o caminho que trilharam os pés incansáveis de Talita.

Até que todos nos reunamos com ela na glória eterna do céu com Cristo, o Senhor!

Com saudades, Talita!
Seu pastor

quinta-feira, 12 de abril de 2012

SUPREMO TRIBUNAL X DEUS SUPREMO

O Brasil está às voltas com a decisão do STF sobre a não criminalização do aborto. Enquanto escrevo, como ainda faltam 5 ministros a votarem, não acredito que haverá mudança de curso nessa decisão.

O dilema que se estabelece neste debate é profundo e possui muitas nuances que fervilham pelos argumentos daqueles que são a favor e dos que são contra.

O debate não é novo. Em 1997, o tema já veio à baila quando a discussão girou em torno da autorização para que os hospitais públicos realizassem o aborto nos dois casos previstos em lei: (1) Se a gestação for de risco e não houver meio para salvar a vida da gestante; e (2) se a gravidez for resultado de estupro (Art. 128 do Código Penal de 1940).

Agora, a questão está no direito que é conferido à mulher gestante de um bebê malformado, que não possui cérebro, de decidir sobre a continuidade da gravidez, ou não.

Diante desta realidade, não há como esquivar-se das grandes questões doutrinárias à luz da Bíblia como a Soberania de Deus, Natureza Humana, e Sentido e Direito à Vida. A ética cristã está em xeque e a sociedade quer um veredito – certo ou errado?

Pessoalmente, leio e interpreto a Bíblia por princípios (método gramático-histórico), e princípios são maiores que regras. Regras mudam. Princípios são eternos. Por outro lado, no afã do pragmatismo conclusivo, vemo-nos obrigados a “bater o martelo” e definir uma nova regra do jogo da vida.

O desafio da ética é definirmos o que se decide por princípios, ao invés de decidir por regras.

Não podemos ser simplistas quando o assunto é tão complexo. Não encontramos na Bíblia uma resposta objetiva e específica sobre o assunto (os escritores bíblicos não tinham Ultrassonografia para tratar o assunto).

Usar o 6º mandamento como argumento contra a decisão do STF é simplista, se o próprio Jesus ampliou de maneira imensurável a abrangência e o alcance deste mandamento à palavra, ao pensamento e ao coração (Mateus 5.21-22).

Do outro lado da moeda, estão as inquietações no que tange ao valor da vida e a própria definição do que seja vida propriamente dita.

O binômio “direito x dever” não é uma equação fácil de ser resolvida - direito de viver, direito de escolher, direito de ser livre, direito de Morrer...

O que não pode ser ignorado neste debate é o estatuto da RESPONSABILIDADE!

Todo e qualquer direito requerido nos remete às responsabilidades advindas do exercício da liberdade – “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convém”. Cito o ministro Lewandowisk, que faz um alerta ao abuso da liberdade e do direito: “o aborto de fetos anencéfalos, ao arrepio da legislação existente, além de discutível do ponto de vista científico, abriria as portas para a interrupção de gestações de inúmeros embriões que sofrem ou viriam sofrer outras doenças genéticas ou adquiridas que de algum modo levariam ao encurtamento de sua vida intra ou extrauterina.” A liberdade e o direito sem o senso de dever e de responsabilidade é libertinoso e arriscado.

Não sou adepto do discurso meramente religioso, muito menos me ladeio às fileiras do liberalismo. A questão é que o tema é amplo sobre todos os aspectos e, num espaço editorial pequeno como este, não cabe toda a argumentação, seja a favor ou contra. Por isso, eu sintetizo:

  • Em princípio, e por princípio, sou pela vida!
  • Em princípio, e por princípio, não é a ciência que vai determinar se há ou não vida. O conhecimento muda, altera-se, movimenta-se. O que se diz hoje que é, amanhã outro postulado dirá que não é. Parece-me que o raciocínio da ciência é reverso quando o assunto é a Eutanásia...
  • Em princípio, e por princípio, não outorgo ao Supremo Tribunal a investidura que pertence unicamente ao Deus Supremo.
  • Em princípio, e por princípio, careço de Deus para discernir entre o certo e o errado. Por isso, clamo por sabedoria.
  • Em princípio, e por princípio, ainda que a lei dos juristas me permita, há uma lei moral escrita no coração que está acima de tudo. E dela, sim, é que darei contas diante do tribunal que não é supremo, mas é ETERNO.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Boa Pergunta...


Meu pitaco:
"O que move a minha vida, não são as perguntas que eu faço para Deus,
mas as respostas que eu dou às perguntas que ele faz para mim."

terça-feira, 10 de abril de 2012

Sou um PÉSSIMO pastor...

...porque eu não vou mudar a minha voz para que você sinta segurança, achando que tenho alguma autoridade, quando eu falar;
...porque eu não vou pensar por você para facilitar sua jornada espiritual;
...porque eu não vou falar mais alto do que você precisa para ouvir;
...porque eu não vou lhe ensinar a determinar ou dar ordens ao Pai, como um filho mimado o faz;
...porque eu não lhe dizer que você é um vencedor quando o a sua espiritualidade está falida;
...porque eu não vou lhe ensinar a temer a Deus mais do que a amá-lo;
...porque eu não lhe direi que você é especial simplesmente por estar frequentando uma Igreja;
...porque eu não alimentarei o seu ego pregando somente as coisas que você gosta de ouvir;
...porque eu não lhe ensinarei a ser próspero a qualquer custo enquanto o mundo morre de fome;
...porque eu não lhe ensinarei a mover as mãos de Deus através de uma oferta sacrificial;
...porque eu não lhe direi que Deus me revelou algo que não está no texto, somente para fazer a mensagem melhor para você;
...porque eu não lhe direi que você não pode beber, se tatuar, ouvir músicas que não tocam na Igreja somente para facilitar o meu pastoreio;
...porque eu não vou lhe ensinar que a igreja de quatro paredes é a casa de Deus;
...porque eu não vou lhe ensinar que se você entregar o dízimo sua responsabilidade com os necessitados estará cumprida;
...porque eu não vou transformar a reunião do culto numa rave para que você fique atraído pelo ambiente;
...porque eu não vou lhe ensinar a marchar por Jesus, enquanto Ele quer que marchemos pelo próximo;
...porque eu não lhe darei uma lista do que pode ou do que não pode para você farisaicamente siga um mandamento no lugar de um Deus;
...porque eu não lhe ensinarei que há um Diabo maior do que a Bíblia conta somente para você poder colocar em alguém a sua culpa;
...porque eu não lhe ocultarei os meus erros para você pensar que é liderado por alguém melhor que você;
...porque eu não vou falar em nenhuma outra língua além da que você consegue compreender;
...porque eu não lhe tratarei melhor por causa do carro que você anda, da roupa que você veste ou do dinheiro que você põe no gazofilácio.

Dentre muitas outras coisas que poderia dizer: fique certo: sou um péssimo pastor.

**Vi aqui, que por sua vez viu aqui primeiro.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Páscoa - Alegria de Estar Em Casa

Na véspera de Sua morte, Jesus proferiu estas palavras encorajadoras: “Eu vou preparar-lhes um lugar. E se Eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para Mim, para que vocês estejam onde Eu estiver.” (João 14.2-3).

Lembro-me com pouca saudade de uma viagem de carro que fizemos no Carnaval de 2005. Estávamos passando por São José dos Campos, por volta da meia-noite, quando a caixa de câmbio quebrou. Ela havia perdido o parafuso que faz a vedação, e secou-se de todo o lubrificante. Depois de esperar o socorro, e deixar o carro em um depósito para ser encaminhado à oficina no dia seguinte, fomos colocados em um hotel longe da cidade por volta das 4 horas da manhã.

A má notícia veio pela manhã, quando soubemos que o conserto levaria pelo menos três dias para ser executado. Estávamos longe de casa e longe do nosso destino, no início do período das nossas férias e sem muito o que fazer a não ser esperar. Foi uma espera angustiante, além de muito frustrante.

Parece que às vezes, a maior aflição não é o problema em si, mas o sentimento de estarmos longe de casa. Foi assim, também, quando em outro período de férias, a Letícia adoeceu. Tínhamos a sensação de que o melhor a fazer naquela circunstância era retornar para casa. Porém, não seria tão fácil assim, e tivemos que praticar a disciplina da espera. Como é difícil!

Quando Jesus disse que estava indo nos preparar um lugar, falava em construir-nos como um lar onde Deus habita. Faz parte da nossa experiência cristã compreender o significado de estar no lar. Cristo veio ao mundo e volto ao céu para preparar lugar para nós. A Páscoa nos ajuda a compreender isso.

Quando a viagem começa a dar errado, o que mais desejamos é voltar para casa. Começamos a lembrar do conforto de nossa cama, do sabor de uma refeição caseira e da companhia da família. Não importa o quanto apreciemos nossas viagens longe de casa, sempre pensamos na volta ao lar. Eu costumo dizer: “é muito bom ir, mas é melhor voltar!”

Páscoa é pensar na volta para casa! É saber que o destino está preparado. O caminho foi aberto pela Cruz, e a porta já está aberta como aberto ficou o Sepulcro.

As dificuldades encontradas no caminho, as paradas inesperadas, os acidentes e incidentes no percurso, o tempo de espera, e as incertezas dos nossos planos são bons indícios de que o melhor é voltar para casa. A espera valerá a pena. A nossa morada é a eternidade no Céu! Páscoa, portanto, é a alegria de saber que um dia estaremos definitivamente em casa.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Se Nossa Mesa Falasse...


SE NOSSA MESA FALASSE...

CRÔNICA DE MINHA MÃE, DULCE CONSUELO

Depois de quarenta e três anos de uso em nossa sala de jantar, nossa velha mesa com seis cadeiras foi aposentada. Chegou uma linda mesa nova, grande, com 8 lugares.

No último almoço ao redor dessa velha mesa, um dos meus genros expressou seu sentimento - “se essa mesa falasse...”. E sugeriu que alguém escrevesse sobre isso.

Nesse momento fiquei a relembrar as histórias da nossa mesa. Quantas! Seria impossível lembrar-me de todas. Mas algumas são inesquecíveis, porque até estão registradas por fotografias. Que delícia revê-las!

A "velha" mesa em um dos momentos especiais...
Uma das marcas de nossa família são as refeições. Acho que aprendemos com Jesus que sempre se reunia com pessoas para comer junto com elas. São momentos preciosos de comunhão, conversas, risadas, lembranças.

Mas se nossa velha mesa falasse, ela recordaria os muitos aniversários comemorados ao seu redor – dos filhos, dos pais, dos netos e dos sobrinhos. Lá sobre a mesa estavam os pratos especiais, os preferidos do aniversariante, para almoço ou jantar; não faltavam o bolo com velas, salgadinhos, docinhos... o Brigadeiro não podia faltar para as crianças. As primeiras festas de aniversário das filhas foi nessa mesa, ainda em casa dos avós, de onde ela veio junto com eles para a nossa casa. E a cada aniversário da família, estava a mesa preparada, bonita, farta e rodeada de familiares e amigos.

Se nossa mesa falasse, ela diria que serviu refeições para muitas visitas ilustres – missionários, pastores, conferencistas brasileiros e também estrangeiros.

Se nossa mesa falasse, ela diria que foi peça importante nas Bodas de Ouro e de Diamante de meus pais e também nas nossas Bodas de Prata.

Se nossa mesa falasse, ela mostraria fotos de muitas comidas gostosas, preparadas por nós, as mulheres da família, mas também por preciosas auxiliares do lar, que nos acompanharam por muitos anos e ainda o fazem – Rosângela, Marina, Maria Aparecida, que mãos habilidosas!

Se nossa mesa falasse, ela contaria de dois momentos muito felizes – os noivados de nossas filhas, quando ainda à moda antiga, os noivos solenemente fizeram o pedido ao pai e diante das famílias colocaram as alianças; e depois o casamento de nossos filhos, quando as famílias se conheciam e trocavam idéias quanto ao futuro deles.

Se nossa mesa falasse, ela falaria de todos os nossos encontros da família maior, com boas horas de bate-papo e comemoração de datas especiais como aniversários de vida e de casamento. Ela contaria que quinze dias antes da morte de papai, aos 93 anos, sobre ela foi colocado o bolo de 66 anos de casamento de mamãe e papai. E ao redor dela, cerca de quarenta membros de nossa grande família.

Se nossa mesa falasse, ela falaria de suas várias mudanças de casa, sendo a última do Rio de Janeiro para Curitiba e Quatro Barras. Mas ela permaneceu intata, embora envelhecida e as cadeiras forradas de novo.

Se nossa mesa falasse, ela contaria que, ainda no Rio, várias reuniões aconteceram ao seu redor para estudos bíblicos, planejamento de atividades da igreja em Senador Camará e até para contagem das ofertas dos dias missionários, quando eram abertos os envelopes e cofrinhos, separadas e contadas as cédulas e moedas, e arrumadas para o devido depósito. Eram momentos descontraídos de alegria e vitórias com os alvos alcançados e ultrapassados. E, no final, sempre um suco, ou cafezinho acompanhado de alguma guloseima para os líderes ali presentes.

Se nossa mesa falasse, ela contaria que serviu chás e cafés da tarde para várias amigas, algumas já na Glória. Que saudades da Neila e da Marlene...

Se nossa mesa falasse, ela testemunharia que nunca familiares, amigos e visitantes começaram a refeição, sem antes orarmos, agradecendo ao Senhor o alimento e as mãos que nele trabalharam, desde o lavrador até a cozinheira, pois dele “vem toda a boa dádiva”.

Se nossa mesa falasse, ela diria que até o último dia em nossa casa, ela reuniu para os almoços de sábado e domingo, os filhos e as netas que moram ao nosso lado. E foi num desses momentos, que surgiu a sugestão do Ezequias, agora posta em prática.

Se nossa mesa falasse, finalmente ela diria que sua história ainda está sendo escrita, hoje no refeitório da Igreja Batista no Jardim Atuba, onde continuará oferecendo bons momentos de comunhão aos seus membros, nas refeições e festas, ou ainda para reunir classes e outros grupos ao seu redor. E por certo ela teria muito mais a falar, experiências vividas e presenciadas que não caberiam no papel.

Mas os grandes momentos continuarão em nosso lar, enquanto Deus quiser, agora ao redor da nova mesa, maior para acomodar mais pessoas, que sempre serão recebidas com amor e distinção para os momentos de alegria e comunhão que cultivamos em nossa família.

Concluindo: esta crônica não é só para registrar um pouco da nossa história, mas também para lembrar aos que a lerem, que refeições devem ser sempre ao redor da mesa. Sabemos, lamentando, que em algumas casas nem há mesas, só sofás, poltronas e camas, onde cada um senta-se tendo na mão o prato de comida que foi servido no fogão, direto das panelas. Quase sempre a companhia nessa hora é a televisão. Tive uma auxiliar em minha casa, que não sabia como colocar louças e talheres na mesa, porque, após trabalhar por vários anos numa mesma casa, nunca arrumara a mesa para refeições. Essa talvez seja uma das razões para essa família estar destruída, sem qualquer vínculo de amor..

É claro que dá algum trabalho, mas vale a pena, pois é a hora da família reunida orar agradecendo, compartilhar fatos e idéias e fortalecer os laços de amor. E agora,

Que histórias sua mesa tem para contar?

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Pra Cumprir Teu Chamado

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