Na semana que passou, li esta frase profunda de Fred Smith que disse com muita propriedade: “Num tempo de líderes fracos, heróis decadentes, pais atarefados, instrutores enfurecidos, autoridades arrogantes e talentos intelectualizados, precisamos mais do que nunca de mentores. Precisamos de condutores, não de ídolos – almas cuidadosas, acessíveis, que venham nos auxiliar a abrir nosso caminho através do labirinto da vida.”
O individualismo e a arrogância estão muito presentes e atuantes em nosso caráter nessa geração pós-moderna. O sentimento de vaidade e orgulho ditam o comportamento dominante e afastam uns dos outros. Homens e mulheres ocupam cargos e funções movidos por interesses próprios e em alguns casos, excusos.
O diagnóstico há de revelar que tais atitudes e sentimentos subtraíram o senso de equipe, de cooperação, de serviço, de bem comum.
O rei Salomão escreveu, há muitos anos atrás, um provérbio que precisa ser incorporada à minha vida, e à vida de todos os que ocupamos postos de liderança em todas as instâncias: “...Corrija e ensine a pessoa sensata e ela ficará melhor e mais sábia. Ensine o justo e ele será ainda mais honesto e sincero”. (Provérbios 9:8-9)
O mundo não precisa de fenômenos. O mundo precisa de homens de caráter. Não precisamos de gênios. Carecemos de seres ensináveis. Os melhores não são os sabem tudo. A convivência vai mostrar que é melhor estar ao lado de quem está disposto a aprender. Raros são os que dão valor às experiências dos outros, e validam fato de que o outro pode ter razão.
Honestidade, sinceridade e sensatez. No contexto em que Salomão escreveu, estas qualidade abrem as portas para a sabedoria, para o aperfeiçoamento e para a excelência. Ou seja, sem tais marcas o homem revela-se tolo.
O que isso significa na prática? Todos nós nos tornamos sábios, e nos aperfeiçoamos quando reconhecemos que precisamos e podemos melhorar, quando aceitamos a correção e quando alinhamos nosso entendimento ao processo estabelecido no corpo do qual fazemos parte como membros.
Parece-nos mais fácil caminhar sozinho, enchermo-nos de razão, suprirmo-nos a nós mesmos, acharmos que somos suficientes e sabedores de tudo sobre todos. É difícil lidar com quem sempre tem razão.
Rebelamo-nos contra a organização, contra a metodologia, e contra a direção que nos é dada. A consequência é que perdemos nos relacionamentos. Estagnamos. Afastamo-nos. Terminamos sozinhos.
Sabedoria é viver disposto a aprender. É ouvir, corrigir, contribuir, relacionar-se.
Sabedoria é algo que se adquire quando se está disposto a perder.
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