Reuniões Denominacionais e Inconsistências da Inteligência Humana

Meu colega, e pra sempre professor, Carlos Novaes, pastor da PIB de Barão da Taquara, escreveu o texto abaixo. Compartilhamos do mesmo incômodo e do mesmo sentimento em relação ao caos que desgraça o nome Batista Carioca.

Obrigado, Novaes, por mais esta excelente reflexão. Quer beber mais do que produz essa rara perspicácia? Visite o blog do Novaes. Valerá a pena cada minuto investido ali na leitura de seus textos.

Novaes, você me deve um almoço depois desta rasgação de seda... Mas minha consciência tem consciência de que em nada menti, sequer exagerei. Você é o cara!!!

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Se eu não confiasse na suficiência da graça divina para a salvação, com certeza cultivaria alguma esperança de que as reuniões do Conselho da Convenção Carioca pudessem servir, quem sabe, como uma espécie de purgação dos meus pecados.
É preciso muito amor à denominação e completa falta de amor próprio para suportar aquela patética demonstração de que, de fato, instituições batistas e inteligência nem sempre caminham de mãos dadas.
Ao sair da reunião de ontem, com a incômoda sensação de tempo perdido e a certeza de ter jogado um dia inteirinho pelo ralo, lembrei de uma anedota contada por Leonardo Boff em referência a reuniões de certa instituição católica, mas que cai como luva em relação aos inócuos encontros do Conselho.
A reunião seguia seu rumo quando foi interrompida pelo choro de um bebê. Ao abrirem a porta, descobriram uma criança abandonada dentro de uma cesta. Levantou-se a questão: deveriam ou não ficar com aquele bebê? Uns achando que sim, era uma responsabilidade cristã adotá-lo. Outros insistindo que não, pois aquela criança nada tinha a ver com os ilustres frequentadores daquela organização. Em meio à polêmica, um dos presentes solicita a palavra e pondera:
"Senhores, vou provar-lhes que este bebê não tem nada a ver conosco. Em primeiro lugar, esta criança foi gerada num ato de amor, e não há nada aqui que façamos com atos de amor. Em segundo lugar, esta criança formou-se em nove meses, e nós não conseguimos resolver absolutamente nada num prazo tão curto. E, enfim, esta criança tem cabeça e pés, e o que fazemos aqui não tem pés nem cabeça."
E fecharam a porta para dar continuidade ao cumprimento da extensa agenda.