Quanto mais leio a Palavra, mais compreendo que a vida cristã não é fazer alguma coisa para Jesus, é viver com Ele!
Tenho entendido que nos últimos tempos Deus está re-introduzindo uma visão perdida com o passar dos anos. O que, verdadeiramente, é a vida cristã? A começar por mim, tenho re-aprendido a responder a esta pergunta.
Em Lucas 10, através do encontro com as irmãs Marta e Maria, o Mestre ensina que é mais importante para o Reino o que somos como cristãos, do que o que fazemos.
Há crentes que confundem compromisso com agenda cheia. Até pode ser esta a visão do mundo. Mas está errada! Os maiores executivos expõem com orgulho os seus calendários totalmente ocupados. Eles dizem: “Não tenho tempo para nada!” O mercado julga que quanto mais compromissos, melhor será o executivo (pelo menos, aparentemente...).
Jesus, o nosso exemplo, nunca quis preencher uma agenda. Ele não tinha uma ocupação, ele tinha um modo de viver. A visão que se tem hoje é de que quanto mais responsabilidade (atividades) o crente tem na igreja, mais maduro ele é.
Deus nos tem convidado para ver as coisas de uma perspectiva diferente. Até certo ponto, nova!
Alguns membros da igreja aprenderam nos últimos anos que os nossos calendários cheios determinam o quanto uma igreja é “boa”! Por isso, tanto seminários, congressos, clínicas, culto disso, daquilo... Haja espaço nas agendas eclesiásticas!
Temos colhido como fruto desta visão, crentes fracos e despreparados para enfrentar a vida. Acredito que seja este um dos principais (senão o principal) fatores para a queda de tantos líderes. O modelo de ministério que mais aparece é aquele que é voltado para os holofotes. Quase sempre os holofotes não são capazes de firmar os fundamentos de uma vida cristã saudável. Há muitas tarefas para cumprir, mas nenhum valor para se viver.
Quando as coisas não acontecem na igreja, culpamos a falta de responsabilidade e de compromisso com o serviço por parte dos crentes. Entretanto, antes que isto aconteça, na verdade, o que falta é relacionamento com o Mestre. Não há serviço permanente sem que antes haja intimidade com o Senhor!
Nós passamos os anos correndo de um lado para o outro inventando meios, métodos e fórmulas de se fazer alguma coisa para agradar a Deus. Isso nunca surtirá efeito duradouro.
Deus convida você para aprofundar o seu relacionamento com Ele. Este é o novo olhar para o sentido da vida cristã. Não é fazer para ser, mas SER para fazer!
Seguindo o exemplo de Maria, é hora de escolher a boa parte. Antes de abrir a sua agenda para tentar realizar as suas tarefas, é hora de sentar-se aos pés do Mestre e ouvir tudo o que ele tem a dizer para você. Antes de começar a fazer a obra de Deus, você precisa deixar que Ele comece a fazer a obra dEle em você!
“É hora de buscar o Senhor”, diz Oséias (10.12). Se não buscarmos, antes de tudo, o Deus da bênção, não usufruiremos a bênção de Deus. A vida cristã tem de começar aos pés do Mestre para ser capaz de terminar nos pés do próximo.
2 comentários:
Talvez esta busca (renovada) pelo incio de tudo, estar aos pés do mestre, só possa acontecer com uma mudança radical de consciência e de atitude. Não vejo a curto prazo em nossas igrejas as pessoas admitindo que realmente não estão aos pés de Cristo. Não vejo musicos admitindo que seus egos são maiores que a adoração a Deus, não vejo diáconos admitindo que são apenas garçons de Deus, servidores de ceia ou recolhedores de dizimos e que não exercem realmente a diaconia como está na bíblia, não vejo pastores sendo servos e não patrões. Eu me incluo neste rol também. Poderia ficar aqui citando dezenas de coisas não biblicas que fazem parte de uma "tradicional cultura cristã" e não biblica. Realmente, o problema das nossas igrejas, está na pesada estrutura democrática que foi criada, onde a maioria vence, e não na Teocracia que deviamos estar seguindo.
Antes, ainda em tempo, gostaria de parabenizá-lo pela iniciativa do Blog, que, certamente, será um valioso instrumento para o crescimento espiritual de todos que o acessarem.
Quanto ao texto "Ser ou Fazer... " realmente, muitas vezes nos preocupamos mais com a forma do que com a essência; com a quantidade do que com a qualidade; com os títulos (doutor, professor, diácono ...) do que com o modo de viver - e assim esquecemo-nos de que as verdadeiras realizações têm origem em atitudes simples e, muitas vezes, despercebidas aos olhos da maioria. Que possamos estar atentos à voz de DEUS, para que Sua perfeita vontade efetivamente se cumpra em nossas vidas.
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