quarta-feira, 30 de julho de 2008

SÚPLICA DE UM PAI

“Então Manoá suplicou ao Senhor, dizendo:
Ah! Senhor meu, rogo-te que o homem de Deus,
que enviaste, venha ter conosco outra vez e nos
ensine o que devemos fazer ao menino
que há de nascer.” (Jz 13.8).

Você ora por seu filho? Pode ser uma pergunta banal, mas não é. Há pais que não oram por seus filhos. Manoá, pai de Sansão, diante do desafio da paternidade, pede ao Senhor que se revele de maneira clara quanto ao que fazer para que seu filho fosse tudo o que Deus havia planejado para ele. Observe que Manoá intercede por seu filho antes mesmo dele ser gerado. Este é um bom exemplo a ser seguido!

Os pais devem orar pelos e com seus filhos. Em seu livro, “O Poder dos Pais que Oram”, Stormie Omartian mostra quanto os pais têm em suas mãos a responsabilidade de dirigir a vida dos seus filhos pela oração.

Os pais devem levar a Deus as suas necessidades e desafios para o exercício da paternidade: sabedoria para educar, firmeza para corrigir, clareza para instruir, coerência para admoestar, valores para construir um caráter aprovado, e conduta para serem exemplos para eles.

Os pais devem orar por seus filhos apresentando as necessidades deles diante de Deus. Saúde, proteção, amor a Deus e à Sua Palavra, obediência, inteligência e submissão são alguns pedidos que podem ser apresentados a Deus pelos pais por seus filhos.

Quero sugerir, também, que você ore pelas amizades dos seus filhos. Chegará uma fase em que eles, por natureza, terão muita (se não mais) influência sobre os seus filhos. Por isso, será bom que os amigos dos seus filhos estejam no altar de Deus!

Assim como Deus ouviu a oração de Manoá, Ele ouvirá as suas orações e lhe abençoará no exercício da sua responsabilidade paterna. O Pai Celeste quer ensinar você a ser um pai terreno bem-sucedido. Aprenda com ele!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

HOMENS DE ENTENDIMENTO

“Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento,
dando honra à mulher, como vaso mais frágil,
e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida,
para que não sejam impedidas as vossas orações.” (1 Pedro 3.7)

Você, marido, já parou para pensar que as suas atitudes para com a sua esposa interferem nos efeitos da sua oração? Não sou eu quem está dizendo, é a Bíblia! A maneira como eu vivo com a minha esposa afeta minha comunhão com Deus. Isto é mais sério do que você possa imaginar!

Este versículo precisa ser interpretado em conexão com todo o seu contexto. Nos versos anteriores (1-6) compreendemos que da mulher requer-se a entrega. Aqui fica claro que o marido dê à sua mulher um tratamento que o torne merecedor desta entrega. Qual é a mulher que se negará a entregar-se ao homem que a ame, a respeite e a honre? Aqui está a perfeição do conceito e do conselho cristão. A entrega da mulher é a resposta que ela dá ao amor que recebe do seu marido. O marido, por sua vez, ama a sua mulher a fim de oferecer-lhe a segurança e a confiança que garantam uma relação estável e duradoura.

O apóstolo Pedro recupera o valor e a necessidade de que os homens desenvolvam sua vida devocional com intensidade e profundidade. Ao longo do tempo, a responsabilidade de sustentar espiritualmente o lar foi transferida para a mãe. Os maridos tornaram-se omissos.

Homens, precisamos reassumir o seu papel de pastoreio da nossa casa! A esposa mais segura em seu casamento é aquela cujo marido é homem de oração e estudo da Palavra. A sua comunhão com Deus reflete na maneira como você, marido, lidera com segurança e amor a sua família. Este é o caminho daqueles que são conhecidos como homens de verdade.

Tony Campolo diz: “À medida que o marido e a esposa se movem cada vez mais em direção a Cristo, a distância entre eles diminui e eles chegam cada vez mais perto um do outro”.

Ou nós homens recolocamos o nosso coração no Altar, ou nossa casa vem sendo edificada sobre a areia. Sendo assim, as lutas, as dores, as provações serão sempre uma terrível ameaça.

Que Deus nos dê entendimento para reconhecermos e assumirmos o papel que é nosso, e de mais ninguém!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Tradição X Tradicionalismo

Revirando meus arquivos, encontrei este texto que ora compartilho com você. Espero lhe seja edificante e desafiador quanto o foi para mim.

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A palavra “tradição” aparece onze vezes no Novo Testamento (João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Corrigida). Das onze ocorrências, em apenas uma somos incentivados a “guardar a tradição” (2 Ts 3:6). Nas outras dez vezes a “tradição” havia se transformado em Tradicionalismo, e se encontrava em oposição aos desígnios de Deus.

Existe uma tradição que não podemos abrir mão, a saber, a tradição dos apóstolos. O próprio apóstolo Paulo nos declara isso no contexto da Segunda Epístola aos Tessalonicenses. E o que vem a ser isso? Talvez o “Credo dos Apóstolos” seja um sumário das grandes doutrinas cristãs. Nele, as principais doutrinas da Fé Cristã são apresentadas. Apesar desse exemplo de Tradição que deve ser preservada, tenho a impressão que há muita Tradição, em nossos dias, que acabou sendo transformada em Tradicionalismo. Qual a diferença entre Tradicionalismo e Tradição?

Tradicionalismo é “apego às tradições ou usos tradicionais; conservadorismo”. Tradição é “tudo o que se pratica por hábito ou costume adquirido”, e ainda “herança cultural, legado de crenças, técnicas etc. de uma geração para outra” (Dicionário Houaiss - 2001).

Sei de igrejas batistas que vem enfrentando críticas ferozes porque seus membros resolveram começar a cantar louvores a Deus em ritmos atuais ou regionais. Muitos dizem que essa igreja está se tornando “mundana” ao trocar os “hinos santos” pela música do mundo. O que esses críticos não sabem é que as mesmas críticas, que eles fazem em relação a ritmos atuais ou regionais, no passado, foram feitas aos hinos. Vejamos um pouco da história dessa controvérsia.

Em 1 de Março de 1691, em sessão administrativa, a maioria dos membros da Igreja Batista em Horsleydown, Londres, seguindo a orientação do Pr. Benjamin Keach, aprovou a proposta de cantar um hino, todos os domingos, após o sermão. O grupo de insatisfeitos com aquela inovação, liderados pelo irmão Isaac Marlow, promoveu uma grande resistência. Não só dividiram a igreja em Horsleydown, mas também publicaram livros e panfletos criticando a “nova moda”. A discussão foi levada à Convenção das Igrejas Batista de Londres em Junho de 1692. O motivo de tanta discussão era porque o grupo de Marlow só aceitava que Salmos (pois os mesmos eram inspirados por Deus) fossem cantados na igreja. Diziam eles que cantar “hinos” era “imitar o mundo”. Inúmeros livros e panfletos foram escritos a favor e contra os hinos. O debate escrito só acabou em 1698. Entretanto, muitos historiadores afirmam que essa discussão só terminou mesmo em 1736. Naquele ano, a igreja Batista de Maze Pond, que havia sido estabelecida pelos contrários ao cântico de “hinos” de Horsleydown, convidou Abraham West para ser seu pastor. O pastor West condicionou sua ida à Maze Pond ao cântico de hinos pela congregação. A igreja aceitou. (J.Barry Vaughn - Baptist Theologians - B&H, págs.53-55)

Esse exemplo mostra como uma inovação, que sofreu tantas resistências em seu começo, se tornou “tradicional” em nosso meio. Devemos lembrar que o Cantor Cristão não existia antes do Pr. Benjamin Keach. Ele também foi fruto de uma inovação. Atualmente, muitos não conseguem ver que a forma tradicional de fazer as coisas foi uma inovação que alguém fez. Com o tempo, muitos imitaram aquela inovação e ela se tornou Tradição. Ou seja, o Cantor Cristão (ou até o HCC) não foi criado por Deus, mas foi uma inovação “para o louvor de Deus”. Não é obrigatório que essa inovação (que se tornou tradição) seja usada para sempre. Não tentemos satanizar as inovações dos outros. Quem sabe se elas não se transformarão em uma nova Tradição? Portanto, cuidemos para que nossas “Tradições” não se tornem “Tradicionalismo”.
Bento Souto

sexta-feira, 11 de julho de 2008

DIANTE DA MORTE

Assista aqui a reportagem antes de ler a postagem.


“Ah, meu filho Absalão! Meu filho, meu filho Absalão!

Quem me dera ter morrido em seu lugar!

Ah, Absalão, meu filho, meu filho!”

(2Sm 18.33)


Medo. Perseguição. Susto. Tiros.

Gritos. Soluços. Gemidos. Dor.

Tragédia. Injustiça. Covardia. Maldade.

Chocante. Apocalíptico. Sem sentido. Vazio.

Incompreensível. Inaceitável. Indescritível. Inexplicável.

Como pais, você e eu, tememos ver-nos no lugar do taxista Paulo Soares. Todas as vezes que seu rosto desfigurado pelo desespero veiculou nas televisões nesta semana, lágrimas de muita dor rolaram em meu rosto – “e se fosse eu?”.

Mais uma vez o Brasil pára para chorar a morte de uma criança. Três meses depois de nos estatelarmos emocionalmente com a morte de Isabela Nardoni, estamos atônitos novamente. Desta vez, com a morte do menino João Roberto que, sabemos, não será a última. Mais um João para as estatísticas. Mais um dado para severizar o estado de desmando e violência que não é privilégio distinto do Rio de Janeiro.

Talvez a tênue diferença do sentimento que nos comove hoje, seja que desta vez o pai chora de verdade. Não são lágrimas fingidas e visivelmente artificiais com as que vimos na ocorrência de abril passado.

Não quero sentir esta dor. É demais para mim. É maior que eu. Mas não sou eu quem define o meu amanhã. Não sei o que será de mim daqui a pouco. Por isso, o medo toma conta de nós.

Davi já sentiu esta dor. Ele também chorou por um filho assassinado.

Não foi, porém, por um filho de três anos. Não foi por um filho inocente morto injustamente. Muito menos, foi por um filho que todas as manhãs pedia insistentemente para que o pai brincasse com ele antes de sair para o batente.

Davi chorou por um filho rebelde, conspirador, insubmisso e reacionário. Davi chorou por um filho que na verdade queria ver o pai morto.

Mesmo assim Davi chorou.

O vazio da morte é o mesmo em qualquer um de nós – ricos, pobres, reis ou taxistas.

Diante da morte, palavras são incapazes de preencher o vazio que fica.

Diante da morte, falta senso de razão para discernir o que está acontecendo.

Diante da morte, sobram especulações teológicas para se tentar justificar os descaminhos do homem.

Diante da morte, o instinto é fugir.

Não vou fugir. Os covardes fazem isto.

Não buscarei respostas. Elas podem não existir.

Ficarei onde estou. Em silêncio. Não é omissão. É submissão!

Creio que valerá a pena esperar. Não pela justiça dos homens. Ela é injusta.

Espero pelo tempo de Deus. Ele é justo. Ele cura. Ele supre. Ele é tudo!

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Pra Cumprir Teu Chamado

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