quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Eu Não Me Esquecerei de Ti

É a terceira vez em três anos que um bebê morre ao ser esquecido dentro do carro pela mãe. Com apenas 5 meses, a criança foi deixada no carro, porque, segundo a mãe, sua rotina matinal foi alterada. Ao invés de deixá-lo na creche antes da irmã, alterou o caminho, pois o levaria ao médico.

A mãe foi direto para o trabalho, trancou o carro e deixou a criança lá dentro. Resultado: o bebê teve queimaduras graves e morreu de parada cárdiorrespiratória.

A notícia choca qualquer um. Estarrecedora! Não alcanço o estado de miséria em que se encontra essa mãe. Oro por ela.

Os especialistas (e sempre tem um especialista para explicar o inexplicável) afirmam que não é da natureza materna (e paterna) o esquecimento de um filho. Isso deveu-se, provavelmente, à rotina estressante a que o ser humano está sujeito em seu dia-a-dia, dizem eles.

As cobranças, as pressões, os compromissos, as agendas, as demandas, e tudo mais que caracteriza esse tempo acelerado em que vivemos, tem servido para justificar (ou pelo menos, explicar) todo o devaneio da humanidade.

A questão, para mim, é que muito se explica, mas pouco se justifica. Aonde iremos, e onde chegaremos correndo tanto assim? Os especialistas apontam as causas, mas não têm coragem de agir para saná-las. Possivelmente, porque eles mesmos sejam (como você e eu somos) vítimas dessa pane geral que vivemos hoje.

Contrapondo-se a tudo isso, a Bíblia fala de um Deus - o Criador - que jamais se esquece de mim. E usa como referência a extremo absurdo de uma mãe esquecer-se de seu próprio filho. Está em Isaías 49.15: "Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti."

A vida e suas conjunturas parecem ser implacáveis. Entretanto, apego-me a Deus que prometeu, e cumprirá, que não me deixará jamais. Isto me dá forças para prosseguir.

Desejo que essa mãe não seja condenada pela justiça, nem pela opinião pública. Ela já está sendo condenada pela sua própria consciência, e punida pelo vazio em seu coração. Quem pode medi-lo?

Que Deus dê graça sobre ela!

E a vida segue... Que a gente tenha coragem para tirar o pé do acelerador para apreciar a paisagem. Que não fique ninguém esquecido pelo caminho, muito menos trancado no carro.

Lembremos do Criador, para que não nos esqueçamos de nada, muito menos DE NINGUÉM!

Paz e Alegria.

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