quinta-feira, 10 de setembro de 2009

POR QUE CHORAMOS?


Refletir sobre a morte é uma tarefa muito árdua para qualquer um. Sentimentos complexos e múltiplos – dor, saudade, lágrimas, lembranças... a morte nos nivela e nos iguala.

O dilema do sofrimento está presente em todos nós: por que sofremos? Até quanto podemos suportar? Em busca de respostas, tentamos achar justificativas, ponderamos lógica, racionalizamos as experiências.

R. C. Sproul diz o seguinte: “No âmago da mensagem do livro de Jó, acha-se a sabedoria que responde à questão a respeito de como Deus se envolve no problema do sofrimento humano. Em cada geração, surgem protestos, dizendo: ‘Se Deus é bom, não deveria haver dor, sofrimento e morte neste mundo’. Com este protesto contra as coisas ruins que acontecem a pessoas boas, tem havido tentativas de criar um meio de calcular o sofrimento, pelo qual se pressupõe que o limite da aflição de uma pessoa é diretamente proporcional ao grau de culpa que ela possui ou pecados que comete.”

Mas a inquietação permanece: será que sofrimento tem realmente algo a ver com culpa? Claro que não! No caso de Jó, por exemplo, ele era homem justo. O mais justo de todos de sua época. É quando Satanás entra na história alegando que a justiça de Jó é recorrente à sua prosperidade. Está feito o desafio: quem permanecerá justo diante do sofrimento? Quem não negociará sua fé em prol do seu bem-estar?

Jó, então, chega ao fundo do poço. Perde tudo, e quase todos. E quem é preservado ao seu lado, não ajuda em nada. Quando não se sabe o que dizer, a melhor atitude é o silêncio.
Sproul destaca que “a sabedoria final encontrada neste livro não provém dos amigos de Jó, nem de Eliú, e sim do próprio Deus. Deus levanta uma pergunta após outra. Deus continua a fazer perguntas a respeito da habilidade de Jó em fazer coisas que lhe eram impossíveis, mas que Ele podia fazer. Por último, Jó confessa que isso era maravilhoso demais. Ele disse: ‘Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza’ (42.5-6).

Precioso perceber que Deus não se interessa em responder e revelar “as razões” para o sofrimento de Jó. A resposta de Deus é revelar-se a sim mesmo. Com Jó aprendemos que não são os motivos e as razões por sofrermos que devem ser descobertas. Na verdade, onde está firmada a nossa esperança é que determina a maneira como atravessamos o vale sombrio da morte.

Encerro citando mais uma vez R. C. Sproul: “Quando estamos desnorteados e confusos por coisas que não entendemos neste mundo, não devemos buscar respostas específicas para questões específicas, e sim buscar conhecer a Deus em sua santidade, em sua justiça e em sua misericórdia”.

Que o Senhor nos ensine e revele para nós as grandezas do seu caráter e dos seus propósitos enquanto atravessamos o vale. A Deus, minha gratidão pela vida do irmão Daniel Rufino.

“Porque dele, por ele e para ele são todas as coisas. Glória seja a ele eternamente. Amém!”

Nenhum comentário:

Leia as Atualizações no seu Reader

Pra Cumprir Teu Chamado

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails