domingo, 2 de março de 2008

EXPRESSÃO DE ADORAÇÃO

Em 2 Samuel 6.16-23 encontramos o relato da volta da Arca do Senhor para o meio do povo de Deus. Depois de 20 anos, por ter sido levada pelos filisteus, Davi a recupera e a restitui ao arraial de Israel. A chegada da Arca é celebrada com muita festa e ao som de instrumentos e vozes em louvor a Deus (1Cr 13.8).

As atitudes de Davi evidenciam uma genuína expressão de adoração. Questionado por Mical, filha de seu antecessor Saul, ele apresenta a sua visão do que é a verdadeira adoração ao Deus vivo. Ele nos ajuda a responder o que deve ser, e o que deve conter um culto ao Senhor. A partir das palavras do rei Davi, que por sua vez conhecia bem o que significava louvor ao Senhor, afinal foi o que compôs a maior parte dos salmos, podemos identificar o que significa adorar ao Senhor.

O seu culto deve ser uma expressão INDIVIDUAL de adoração. Davi diz a Mical: “foi perante o Senhor que eu dancei” (v.21). Culto não é para os outros verem. Deus é o que assiste o nosso culto. É a ele que sobem os nossos louvores. A qualidade do meu culto é diretamente proporcional à qualidade do meu relacionamento com Deus. Na verdade, culto é relacionamento!

O seu culto deve revelar um CORAÇÃO AGRADECIDO. Davi tinha bem claro os motivos que o levavam a louvar ao Senhor tão esfuziantemente: “perante aquele que me escolheu” (v.21). Deus lhe havia abençoado com o reinado. Não somente isso! Davi entendia que o seu louvor deveria ser motivo, também, por aquilo que Deus faz. Ao cultuar, devemos trazer em nosso coração as bênçãos enumeradas com as quais o Senhor nos tem coroado. O que o Senhor tem dado a você? Como você tem experimentado o seu imensurável amor?

O seu culto deve expressar um CORAÇÃO HUMILDE. O Senhor não pode habitar plenamente em um coração altivo. A soberba não agrada ao Senhor. Davi sabia disso. Por isso ele diz: “perante o Senhor me rebaixarei ainda mais”. Não significa autoflagelo, muito menos autocomiseração. O que o Senhor quer encontrar em meu interior é o quebrantamento que produz dependência. Eu sou pó! E diante da imarcescível glória do Pai, devo me curvar e me quebrar. O Senhor vai me refazer. Ele me transformará!

O seu culto deve testemunhar um CORAÇÃO ALEGRE. Os versículos 14 e 15 retratam o entusiasmo com que o povo recebeu a Arca de volta. Culto ao Senhor implica, necessariamente, em expressão de alegria. Note que o povo gritava, tocava os instrumentos e dançava na presença do Senhor, faziam barulho! Era festa! Culto é festa! Quanto mais hoje que adoramos ao Deus Vivo! Nossos cultos devem acontecer em meio à alegria da celebração por tudo o que Deus é e faz.

Para terminar, a verdadeira expressão de adoração não está preocupada com a forma do que se vê, mas com as razões que motivam e fundamentam o meu culto ao Senhor. Ele vê o coração mais que tudo. Que Ele, ao ver o meu e o seu coração, encontre amor, gratidão, quebrantamento e alegria. Se no coração forem encontradas estas expressões de adoração, pouco importará aquilo que é visível. É no que creio! É pelo que eu vivo!

3 comentários:

Diogo de Jesus Pereira disse...

Com certeza. Viver para adorar é meu alvo também. Mas gosto de lembrar sempre o que aconteceu com Uzá, um pouco antes do texto que você relata. Para que Davi aprendesse como adorar, Deus ceifou a vida de Uzá. (II Samuel 6:6-7). Espero que não precisemos passar por situações assim para aprendermos como Deus deve ser adorado. Não quero passar por isso. Diogo

KreK disse...

todos nós temos o problema de separar uq não pode ser separado. O culto individual, relacionamento direto com Deus, ele existe qd não estamos em grupo, no templo fisico de concreto. Qd estamos pretando culto coletivo a Deus, não podemos deixar de pesar que o ambiente influe, as pessoas em volta, quem conduz, a forma. Na teoria e sozinhos funciona, não em grupo. Se vc pensar q um templo com cores pálidas, bancos desconfortáveis, calor insuportável, som alto e embolado não vão influir no culto a Deus, temos uma forma de abstrair e cultuar em transe.

Fernanda Miccolis disse...

O que muito me impressiona nesta história do rei Davi é o que aconteceu a Mical depois que esta "menosprezou" a atitude do rei. Ela "o rejeitou em seu coração" enquanto ele dançava; no entanto, Davi não dançava diante das pessoas, mas o fazia "com todas as suas forças perante o Senhor". Mical nem poderia imaginar que esta atitude poderia deixá-la estéril até o fim dos seus dias... Muitas vezes somos como Mical e deixamos de adorar a Deus quando começamos a 'observar demais' a adoração do outro e criticamos seus gestos, seus brados de louvor...enfim, tornamo-nos frios e indiferentes ao mover de Deus. Oro ao Senhor para que molde meu coração e me mostre a maneira como Ele deseja ser adorado. Não quero ter o mesmo fim que Mical, mas sim o de Davi, que "foi reunido aos seus antepassados depois de ter cumprido o propósito de Deus em sua geração".

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