Parecem ser realidades excludentes. Nada tem a ver uma com a outra.
É isso que realmente parece quando lemos notícias que nos causam estarrecimento como as de ontem: Acidente entre trem e ônibus mata 18 e fere 47 na Argentina Acidente em Campos deixa sete mortos e dois feridos Ex-PM é morto na Barra da Tijuca
Isto sem falar em acidentes aéreos, catástrofes meteorológicas, pestes, infestações...
Falar de esperança em meio à tragédia soa absurdo e inconsistente, eu sei. Às vezes até dá vontade de concordar plenamente.
Nesse momento, então, lembro-me do que pode me dar esperança. Apego-me à Palavra. Quero que se diga a meu respeito o mesmo que foi dito de Abraão: “Abraão, contra toda esperança, em esperança creu,...” (Rm 4.18a)
É possível ter esperança diante do ilógico, do inesperado, do inconcebível, da tragédia, da dor. Mesmo quando nada aponta o caminho. Mesmo quando pouca coisa faz sentido.
Quero aprender com Abraão: quero crer quando não há razões para crer. Eu quero esperar quando não há pelo que esperar! Quando a razão não faz mais qualquer sentido, a fé é a última instância que nos mantém em pé. Não podemos abrir mão dela, mesmo quando o mundo (ou um avião) desaba sobre nossa cabeça.
Continuarei crendo em Deus!
Creio na Sua soberania – Deus tem o mundo sob o seu domínio. O apóstolo Paulo disse que TUDO é dele, TUDO acontece por meio dele, e TUDO resulta na glória dele (Rm 11.36). É este Deus que sustenta os meus dias! Ele dá, ele tira. Bendito seja o nome do Senhor. Reis morrem, e seus reinados terminam, mas o Senhor permanecerá assentado sobre um alto e sublime trono (Isaías 6.1).
Creio no Seu amor – Nenhuma circunstância pode mudar o caráter de Deus e a sua natureza. A Sua Palavra afirma que Deus é amor (1 João 4.8b). Isso não varia, não se altera. Ele é o mesmo, ontem, hoje, e o será para sempre (Tiago 1.17). As tragédias são oportunidades para experimentarmos o amor incomparável de Deus que nos refaz a vida (Sl 71.20).
Creio nos Seus propósitos – Nenhum deles pode ser mudado (Jó 42.2). Hoje, em meio à dor aguda, pouca coisa (ou quase nada) faz sentido. Deus faz renascer a esperança que a sua vontade há de se revelar como boa, perfeita e agradável.
A tragédia é, então, oportunidade para reflexão, para rever valores, para colocar em ordem o que é essencial. É tempo de avaliação do tempo perdido com coisas fúteis, efêmeras, investir em relacionamentos. Principalmente, a tragédia é tempo de aproximarmo-nos de Deus. Ele é a fonte de toda esperança.
No meio da tragédia, creia: há esperança!
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