segunda-feira, 31 de março de 2008

Papai-do-Céu, Mamãe-do-Céu...

Há alguns anos, quando ainda começava a falar, nossa sobrinha Amanda fez sua oração da noite assim: “Papai-do-céu, mamãe-do-céu...” Ela foi rapidamente interrompida por sua mãe que a corrigiu: “Filha, não existe ‘mamãe-do-céu’. Só ‘papai-do-céu’ existe!” Ela retrucou com uma lógica tão simples característica da criança na fase das descobertas: “Ué! Se ele é o pai de Jesus, é porque ele casou com a mamãe-do-céu...”

Vez por outra, somos surpreendidos por perguntas ou declarações como estas vindas de nossas crianças que, de tão simples que são, chegam a ser complexas demais para uma resposta satisfatória. Quando achamos que as respondemos, elas perguntam: “Mas, por quê?...”

A ingenuidade dos pequeninos nos assusta e nos deixa atônitos. Já ouvi diversas perguntas e declarações difíceis: “Por que papai-do-céu chamou ‘ela’?”, “Por que a vovó morreu?”, “Se Deus é bom, por que existem crianças pobres na favela?”, “Quem criou o Diabo?”, “E se o Diabo se arrepender, ele vai pro céu?”, “Se eu soubesse que ele tinha ido para o céu, eu tinha mandado uma cartinha pro meu pai...” E aí, você responde: “Bem... éhhh, aaahhh, vá perguntar pro seu pai...” ou “Quando você crescer, você vai saber!...”

Certa vez, o pr. Silvado (IB do Bacacheri – Curitiba, PR) esteve às voltas com sua cadelinha enferma. Ela estava com Câncer e seus filhos estavam muito tristes, pois sabiam que seu animalzinho poderia morrer. Um dia, o pr. Silvado passou pela porta do quarto das crianças e as ouviu orando: “Papai-do-céu cura a nossa cachorrinha. Em nome de Jesus, amém!” Os veterinários já haviam desenganado a cadelinha, mas Deus ouviu a oração daquelas crianças e a cadelinha ficou curada! O que dizer diante de tão profunda e sincera simplicidade?

A Bíblia diz em Mateus 18.4: “Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.” Ao ser perguntado pelos discípulos sobre quem seria o maior no reino dos céus, Jesus responde colocando uma criança em seu colo para ilustrar o que é Humildade. Esta é a atitude mais valiosa no Reino. E nada mais profundo para mostrar isso, do que uma criança. Nossas crianças com suas dúvidas, fragilidades, dependências e simplicidade têm muito a nos ensinar.

Se eu e você alimentássemos em nossa mente e coração a necessidade de respostas como tem uma criança, teríamos mais fome e sede de Deus. Se reconhecêssemos quão frágeis e fracos somos, buscaríamos toda a força em Deus. Se pudéssemos medir o quanto dependemos de Deus, e uns dos outros, viveríamos mais intensamente a comunhão do Espírito. Se nutríssemos em nós um coração verdadeiramente simples, nossos relacionamentos produziriam vida em cada um de nós. Devemos (re)aprender com as nossas crianças o que é viver. Precisamos (re)descobrir os verdadeiros valores no reino de Deus.

Louvado seja Deus que nos corrige e nos ensina constantemente. Ele nos faz ver o quanto aquilo que é simples torna a vida mais profunda em seu significado.

Obrigado, Senhor, por nossos filhos. Obrigado por nos mostrar, através deles, que tu escolhestes as coisas singelas para dar o colorido que é teu à nossa vida!

domingo, 23 de março de 2008

ELE MUDOU AS MANHÃS DE DOMINGO

RUBENS BARRICHELLO – A FRUSTRAÇÃO

Há alguns anos testemunhamos atônitos e perplexos mais um capítulo da história do piloto brasileiro de fórmula 1, Rubinho. No GP Brasil 2003 realizado em São Paulo, depois de mais da metade de uma corrida tensa, cheia de perigos devido à chuva, ele, num misto de ousadia e oportunismo, chega ao primeiro lugar. Que alegria! Que empolgação! Parecia que os supersticiosos (e os brasileiros gostam disso) estavam certos: 73 (Fittipaldi) – 83 (Piquet) – 93 (Senna) – 2003 (Barrichello)... Tudo a ver!!!

Poucas voltas depois, de maneira frustrante, assistimos pela televisão aquele carro vermelho indo lentamente para a grama. O que está acontecendo. Não é possível! De novo, não... Chega a decepcionante notícia: a gasolina acabou! A musiquinha fica para a próxima. E a próxima no Brasil, só no ano que vem. Os numerólogos terão de esperar 2013, e certamente não será mais o Rubinho...

AYRTON SENNA – O HOMEM QUE MUDOU ALGUMAS MANHÃS DE DOMINGO

No auge da decepção o locutor da corrida confessou ter saudades daquelas manhãs de domingo quando ouvíamos com certa freqüência aquela musiquinha da vitória: pam-pam-pammm... pam-pam-pammm... Ele disse: “Ayrton Senna, foi o homem que mudou as nossas manhãs de domingo!”

Mudou? Como assim? É, devo confessar: faz tempo que desejo ouvir a tal musiquinha de novo. Mas desse jeito... tá difícil! Agora a esperança recai sobre Felipe Massa... Será?

JESUS CRISTO – O HOMEM QUE MUDOU A HISTÓRIA

Aconteceu há quase dois mil anos atrás. Alguns dos seus amigos já lamentavam a frustração da promessa não cumprida. Jesus morreu! Já se passaram três dias, e nada. Com ele, se foram os nossos sonhos, os nossos ideais... Ele falava com tanta autoridade... Parecia-nos tão verdadeiro... Que triste manhã de domingo!

“Hei, vocês não souberam da última notícia deste domingo?”, pergunto-nos aquele anjo. “Que notícia?”, dissemos. “Ora, todos os jornais de hoje estampam a maior de todas as manchetes: ele não morreu. Ele está vivo! Sim, a vitória foi decretada. As manhãs de domingo nunca mais serão as mesmas...”

Isso, sim! Agora as manhãs de domingo nunca mais serão as mesmas. Nunca mais sombras. Nunca mais ameaças. Nunca mais derrotas. Nunca mais a morte!

RESSUREIÇÃO – A HISTÓRIA QUE MUDOU A MINHA VIDA

Quem poderia trazer outra notícia como esta? Ninguém! Quando este fato se repetiria? Nunca mais! Quem mais morreria por mim? Quem poderia mudar para sempre as minhas manhãs? Não só as de domingo, mas de todos os dias. O túmulo vazio é a maior das notícias. É vitória. É Alegria. É esperança. É a minha vida transformada.

Nem Barrichello, nem Senna, nem ninguém! Só o meu Jesus, o Cristo Vivo, tem poder e autoridade para transformar perdas em vitórias, sombras em luzes, morte em vida!

Por isso, eu prefiro o meu Jesus. Com ele eu nunca ficarei no acostamento. Meu tanque andará cheio de paz, de alegria, de força, de amor! Com Cristo a corrida vai até o fim. E o fim é a vitória. E a vitória é o céu. ALELUIA!

sexta-feira, 21 de março de 2008

SENTENÇA DE JESUS, CHAMADO O CRISTO


No ano dezenove de Tibério César, imperador romano de todo o mundo, Monarca invencível da Olimpíada 121, e na Elíada 24 da criação do mundo, segundo o número e o cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento oitenta e sete, do progênio do Império Romano, no ano 73, e na libertação do cativeiro de Babilônia, no ano 1207, sendo Governador da Judéia Quinto Sérgio, sob o regimento e Governador da cidade de Jerusalém, o Presidente gratíssimo, Pôncio Pilatos; Regente na baixa Galiléia, Herodes Antipas; Pontífice do Sumo Sacerdote, Caifás; Magnos do Templo, Alis Almael, Robas Acasel, Franchino Centauro; Cônsules Romanos da cidade de Jerusalém, Quinto Cornélio Sublime e Sixto Rusto, no mês de março e dia XXV do ano presente, Eu, Pôncio Pilatos, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui-residência, julgo, condeno e sentencio à morte, Jesus, chamado pela plebe CRISTO NAZARENO e, galileu, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica, e contrário ao grande Imperador Tibério César. Determino e ordeno, por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos com todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se Filho de Deus e Rei de Israel, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do sagrado Templo, negando tributo a CÉSAR, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém. Que seja ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura, e coroado de alguns espinhos, com a própria cruz aos ombros, para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homicidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje Antoniana, que se conduza Jesus ao monte público da Justiça, chamado Calvário, onde, crucificado e morto, ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores, e sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este título: "IESUS NAZARENUS, REX IUDEORUM". Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano.

São testemunhas da nossa sentença:

Pelas doze tribos de Israel:
  • Rabaim Daniel,
  • Rabaim Joachim Banicar,
  • Benbasu,
  • Laré Petuculani.
Pelos Fariseus:
  • Bullieniel,
  • Simeão,
  • Ranol,
  • Babbine,
  • Mandoani,
  • Bancurfossi.
Pelos Hebreus:
  • Matumberto.
Pelo Império Romano e pelo Presidente de Roma:
  • Lucio Sextilio e Amacio Chilicio.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Foi por mim, foi por você!

“Da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crer tenha a vida eterna.”
(João 3.14-15)

terça-feira, 18 de março de 2008

MELHOR NÃO DEIXAR O OVO CAIR

“A história da Páscoa é um mito”, dizia o professor de ciências de uma escola a seus alunos, alguns dias antes da Páscoa. “Jesus não saiu do túmulo,” continuou, “mas, primeiramente, não existe nenhum Deus no céu que possa permitir que seu filho seja crucificado.”

“Senhor, eu acredito em Deus”, Jimmy protestou. “E eu acredito que ele ressuscitou!”

“Jimmy, você pode acreditar no que você quiser, é claro,” o professor respondeu. “Porém, no mundo real não existe a possibilidade de tais milagres, como a ressurreição. Ninguém que acredite em milagres pode respeitar a ciência.”

“Deus não é limitado pela ciência,” Jimmy respondeu. “Ele criou a ciência!”

Incomodado com o modo como Jimmy defendia sua fé, o professor propôs um experimento cientifico. Foi até a geladeira e pegou um ovo de galinha.

“Eu vou deixar este ovo cair no chão,” começou o professor. “A gravidade vai fazer com que ele caia no chão e se despedace. “Olhando fixamente para Jimmy, ele continuou: “Agora, Jimmy, eu quero que você faça uma oração e peça ao seu deus para que quando eu soltar este ovo ele não caia no chão e se quebre. E se ele conseguir fazer isto, você terá provado que Deus existe, e eu terei que admitir isso.”

Após pensar por um momento sobre o desafio, Jimmy lentamente começou sua oração. “Querido Pai celeste,” ele iniciou. “Eu peço que quando o meu professor soltar este ovo... ele caia no chão e se quebre em uma centena de pedaços! E também, Senhor, eu peço que quando este ovo quebrar, meu professor tenha um ataque cardíaco fulminante e morra. Amém.”

Após os cochichos da classe, veio um silêncio fúnebre. Por um momento o professor não fez nada. E por fim ele olhou para o Jimmy e depois para o ovo. E, sem dar uma palavra, ele cuidadosamente devolveu o ovo na geladeira. “Classe dispensada” disse o professor enquanto sentava na sua cadeira.

O professor aparentemente acreditava mais em Deus do que ele mesmo imaginava. Muitas pessoas são como este professor, negam que Deus existe, mas correm para ele nos momentos difíceis. Porém questionam, e o atacam todas as vezes que tem chance. Jimmy sabia que Deus não iria matar o seu professor naquele momento, mas também sabia que seu professor não apostaria sua vida por um ovo.

Assim também acontece comigo e com você. Quando somos colocados em xeque-mate, quando a nossa vida está em jogo, quando pouco nos resta a não ser a fé, corremos em direção a ela.

Todos nós revelamos a nossa fragilidade quando se trata de viver ou morrer. Sabemos que a morte é mais forte do que a nossa vontade e do que a nossa capacidade.

É aqui, então, que nos lembramos daquele que morreu e ressuscitou. O único que venceu a morte. Ele é a vitória!

Com ele, torna-se possível encarar a morte sob outra perspectiva. Podemos enfrentar a morte com esperança. Esperança de vida eterna. Vida que começa aqui. Começa pela paz, pela graça e pela alegria da salvação.

A morte com fim é inevitável. Mas a Vida Eterna é a realidade de que até mesmo a morte é vencida.

ALELUIA! ELE ESTÁ VIVO! CRISTO É A NOSSA PÁSCOA!

segunda-feira, 17 de março de 2008

CRISTO É A NOSSA PÁSCOA!

A Páscoa é comemorada de uma forma completamente diferente e distorcida de seu sentido bíblico e original.

Antes do nascimento de Jesus, os Celtas - povos pagãos do norte da Europa cultuavam uma deusa chamada Eostre, a deusa de Fonte, Fertilidade e da Vida. Anualmente, a cada primavera, eles promoviam um festival em honra a essa deusa. Este festival comemorava a chegada da “nova vida” (segundo eles, a reencarnação de entes queridos) e se chamava Easter (páscoa, em inglês), derivado do seu nome.

Estes povos possuíam quatro festas anuais, celebradas de acordo com as quatro estações do ano. Para eles, a primavera – que sucedia o rigoroso inverno europeu, falava de um tempo de celebrar “nova vida”, do renascimento da natureza vinda da morte e da prática de boas ações. Havia rituais pagãos típicos de fertilidade e orgias sexuais. Virgens eram sacrificadas em adoração a deuses e deusas da fertilidade (Pan, Ísis, Demeter, Ceres).

Um fato marcante nestes rituais satânicos estava relacionado a dois elementos:

OS OVOS – Os ovos sempre foram considerados como símbolos de fertilidade, sexo e vida nova (entenda-se reencarnação). Em grande parte das sociedades pagãs, do Egito e Mesopotâmia até das Ilhas britânicas, os ovos eram brilhantemente decorados e dados como presentes, com votos de fertilidade e sucesso sexual.

OS COELHOS – Estes animais eram adorados pelos pagãos como “deuses da fertilidade”, pois viam neles o símbolo de luxúria, vitalidade e vigor sexual e de “intensa forma de reprodução”. Conta-se, inclusive, uma história pagã na qual havia um grande pássaro que queria tornar-se um coelho. A Deusa Eostre então o transformou num coelho, e em gratidão, o coelho vinha a cada primavera, durante o Festival em honra a ela, e botava lindos ovos.

Estas, e outras práticas religiosas celtas foram sendo, ao longo do tempo, incorporadas ao cristianismo como resultado da “evangelização” daqueles povos pela igreja romana.

Diferentemente desta páscoa adulterada pelo paganismo, a Bíblia descreve a Páscoa verdadeira, instituída por Deus – Êxodo 12. A palavra Páscoa vem do hebraico “pasaq” e quer dizer passagem. Ela significava que o anjo da morte que traria a justiça de Deus, sacrificando todos os primogênitos do Egito, passaria por cima da casa dos israelitas e o mal não lhe atingiria.

Para nós hoje, esta Páscoa fala da redenção que nos dá o Senhor Jesus, livrando-nos do jugo e da escravidão de Satanás.

Pelo sincretismo religioso, a páscoa pagã surgiu no meio da Igreja, e a Páscoa Bíblica desapareceu. O cordeiro de Páscoa imaculado desapareceu, e foi colocado no lugar dele um coelho.

Não estamos proibidos de comer chocolate, mas não devemos ignorar o verdadeiro sentido da páscoa. Temos, sim, uma comemoração relacionada a essa festa: a Ceia do Senhor, pois “Ele é a nossa Páscoa” (1Co 5.7b). Não a realizamos apenas uma vez por ano, mas todas as vezes que comemos o pão e bebemos o vinho em memória do Senhor Jesus.

Ao celebrarmos a Ceia do Senhor estamos, simbolicamente, comendo a carne do Cordeiro e bebendo o Seu sangue (Jo 6.53-56). Nesse momento, nos recordamos que éramos escravos no Egito (o mundo), e que o Faraó deste mundo (Satanás), nos mantinha sob o seu domínio. Mas, naquela tarde de páscoa, o Cordeiro de Deus, o primogênito de Deus, morreu em nosso lugar.

Regozijemo-nos e alegremo-nos, pois o anjo da morte jamais nos alcançará, porque “... agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1).

Uma semana abençoada e vitoriosa para você, por Jesus – a Nossa Páscoa!

terça-feira, 11 de março de 2008

E EU ACREDITEI!

Samba do cientista louco - Ruy Castro

Nelson Rodrigues contava que, toda madrugada, acordava com a úlcera em chamas e, de pijama e meias, ia à cozinha tomar um copo de leite para aplacá-la. Com o leite, a úlcera amansava e, dizia, só faltava ronronar como uma gata amestrada.

Nelson morreu em 1980, de outras causas. Imagino seu choque, hoje, se soubesse que, segundo as últimas descobertas da ciência, leite é um veneno para quem tem úlcera.

E a manteiga? Depois de séculos sendo louvada, com justiça, como uma das maiores invenções do homem, levou os últimos 50 anos acusada de vilã para vários órgãos, inclusive o coração. Para a ciência, boa mesmo era a insípida, insossa e inodora margarina. Agora a mesma ciência, num lance de gênio, concluiu que a margarina é que é a vilã, por causa da mortal gordura trans.

E temos a saga e anti-saga do ovo. Certo dia, decretaram que ele era o pior inimigo do colesterol e do coração, e só faltaram proibir as galinhas de produzi-lo. Pois, há pouco, descobriram que, ao contrário, ele faz bem ao coração, porque ajuda a emagrecer, não influi no colesterol e até protege nossos olhos dos raios ultravioleta -o que é ótimo, porque nos permitirá ir à praia sem óculos escuros.

Sem falar no café. Por conter cafeína, ele também já freqüentou todas as listas negras. Criaram inclusive o café descafeinado. Pois os cientistas vêm de concluir que a cafeína é uma maravilha: estimula o sistema nervoso central, o coração, os vasos sangüíneos e os rins. Já o café descafeinado faz subir a pressão e aumenta o colesterol e o risco de doenças cardíacas.

Finalmente, esta semana, a ciência mandou dizer que, ao contrário do que ela própria afirma há anos, o açúcar é uma beleza e são os adoçantes que engordam! É o maravilhoso samba do cientista louco, em cuja letra certeza rima com dúvida.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Eu cantaria num coro desses...

Se me aceitassem, lógico!

TRAGÉDIA E ESPERANÇA

Parecem ser realidades excludentes. Nada tem a ver uma com a outra.

É isso que realmente parece quando lemos notícias que nos causam estarrecimento como as de ontem: Acidente entre trem e ônibus mata 18 e fere 47 na Argentina Acidente em Campos deixa sete mortos e dois feridos Ex-PM é morto na Barra da Tijuca

Isto sem falar em acidentes aéreos, catástrofes meteorológicas, pestes, infestações...

Falar de esperança em meio à tragédia soa absurdo e inconsistente, eu sei. Às vezes até dá vontade de concordar plenamente.

Nesse momento, então, lembro-me do que pode me dar esperança. Apego-me à Palavra. Quero que se diga a meu respeito o mesmo que foi dito de Abraão: “Abraão, contra toda esperança, em esperança creu,...” (Rm 4.18a)

É possível ter esperança diante do ilógico, do inesperado, do inconcebível, da tragédia, da dor. Mesmo quando nada aponta o caminho. Mesmo quando pouca coisa faz sentido.

Quero aprender com Abraão: quero crer quando não há razões para crer. Eu quero esperar quando não há pelo que esperar! Quando a razão não faz mais qualquer sentido, a fé é a última instância que nos mantém em pé. Não podemos abrir mão dela, mesmo quando o mundo (ou um avião) desaba sobre nossa cabeça.

Continuarei crendo em Deus!

Creio na Sua soberania – Deus tem o mundo sob o seu domínio. O apóstolo Paulo disse que TUDO é dele, TUDO acontece por meio dele, e TUDO resulta na glória dele (Rm 11.36). É este Deus que sustenta os meus dias! Ele dá, ele tira. Bendito seja o nome do Senhor. Reis morrem, e seus reinados terminam, mas o Senhor permanecerá assentado sobre um alto e sublime trono (Isaías 6.1).

Creio no Seu amor – Nenhuma circunstância pode mudar o caráter de Deus e a sua natureza. A Sua Palavra afirma que Deus é amor (1 João 4.8b). Isso não varia, não se altera. Ele é o mesmo, ontem, hoje, e o será para sempre (Tiago 1.17). As tragédias são oportunidades para experimentarmos o amor incomparável de Deus que nos refaz a vida (Sl 71.20).

Creio nos Seus propósitos – Nenhum deles pode ser mudado (Jó 42.2). Hoje, em meio à dor aguda, pouca coisa (ou quase nada) faz sentido. Deus faz renascer a esperança que a sua vontade há de se revelar como boa, perfeita e agradável.

A tragédia é, então, oportunidade para reflexão, para rever valores, para colocar em ordem o que é essencial. É tempo de avaliação do tempo perdido com coisas fúteis, efêmeras, investir em relacionamentos. Principalmente, a tragédia é tempo de aproximarmo-nos de Deus. Ele é a fonte de toda esperança.

No meio da tragédia, creia: há esperança!

quinta-feira, 6 de março de 2008

ADORAÇÃO E ARTE - Luiz Sayão

A fé cristã teve uma trajetória traumática com as manifestações artísticas. Desde o início do cristianismo a relação entre fé e arte sempre foi de suspeita. Por que será que isso aconteceu? De onde veio essa ruptura? Tem explicação?

Os judeus e os primeiros cristãos sempre contemplaram as manifestações artísticas dos pagãos e dificilmente dissociavam uma coisa da outra. A arte dos egípcios, babilônios, filisteus, gregos e romanos estava repleta de idolatria e de imoralidade. Não é difícil entender a repulsa de judeus e cristãos a tais manifestações.

Além disso, foi o próprio Deus que proibiu a confecção de imagens de escultura (Êx 20.4-5) como objeto de culto. O mandamento foi levado a sério pelos judeus. Não temos quase nada de esculturas hebraicas dos tempos bíblicos. No cristianismo primitivo a tendência prosseguiu. Todos sabem que a controvérsia das imagens foi um dos principais problemas da história da igreja. Até hoje católicos e protestantes têm linhas demarcadas em torno da questão.

Na área da música, as coisas também foram complicadas. O Novo Testamento fala pouco de música cantada na igreja. A igreja cristã sempre temeu que a música se tornasse um ídolo que prejudicasse a adoração genuína. O canto gregoriano tornou-se um estilo musical que evitava os desvios da alma. O problema persistiu na época da Reforma. O zelo por uma espiritualidade genuína e o medo da idolatria muito limitaram a expressão estética. Instrumentos musicais foram vistos com desconfiança. Os calvinistas mais radicais mostraram essa ruptura. Houve até mesmo uma destruição em massa de órgãos na Escócia. Graças à tradição luterana alemã, a música protestante teve força cultural e depois foi exportada para outros ambientes. O fato é que essa tradição de medo da arte teve efeito no evangelicalismo anglo-saxão e chegou também ao Brasil.

Em terras brasileiras a arte entre evangélicos teve outro agravante. Como era proibido construir templos no início da história protestante, nossos templos pareciam “caixotes da fé”, com pouquíssima referência estética. Além disso, por sua identidade anti-católica, símbolos como a cruz entre outros também foram abolidos. Em resumo, nossa herança estética é mínima. Por que tão grande divórcio?

Antes de iniciarmos qualquer preteritoclastia, é preciso observar que o problema da ruptura com a arte surgiu da leitura da própria Bíblia.

Quando lemos a gênese da arte nas Escrituras, ficamos assustados. Tudo começa com a família de Caim. A arte começa num ambiente anti-Deus, com características más como independência de Deus, imoralidade e violência. O toque final da estética de Caim aparece na figura da Cidade, resumo daquela civilização anti-Deus:
19
Lameque tomou duas mulheres: uma chamava-se Ada e a outra, Zilá. 20 Ada deu à luz Jabal, que foi o pai daqueles que moram em tendas e criam rebanhos. 21 O nome do irmão dele era Jubal, que foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta. 22 Zilá também deu à luz um filho, Tubalcaim, que fabricava todo tipo de ferramentas de bronze e de ferro. Tubalcaim teve uma irmã chamada Naamá. 23 Disse Lameque às suas mulheres: “Ada e Zilá, ouçam-me; mulheres de Lameque, escutem minhas palavras: Eu matei um homem porque me feriu, e um menino, porque me machucou. (Gn 4.19-22 – NVI)
Mas a pergunta que devemos fazer é: será que o início da estética compromete plenamente sua manifestação? O problema está na arte ou no coração do homem? Deus criou tudo bom e bonito (cf. o hebraico: Gn 1.31). Na verdade, Deus é o Senhor de toda arte! Ele é o Deus da estética. Por isso, vejamos outros enfoques estéticos nas Escrituras:

Em Êxodo 31.1-7 (NVI), há um texto bíblico surpreendente: 1 Disse então o Senhor a Moisés: 2 “Eu escolhi Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, 3 e o enchi do Espírito de Deus, dando-lhe destreza, habilidade e plena capacidade artística 4 para desenhar e executar trabalhos em ouro, prata e bronze, 5 para talhar e esculpir pedras, para entalhar madeira e executar todo tipo de obra artesanal. 6 Além disso, designei Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, para auxiliá-lo. Também capacitei todos os artesãos para que executem tudo o que lhe ordenei: 7 a Tenda do Encontro, a arca da aliança e a tampa que está sobre ela, e todos os outros utensílios da tenda ...

Como pode o Deus que proibiu “fazer imagens de escultura” ordenar a confecção artística do tabernáculo (Êxodo 25 a 40), o que incluía a imagem de dois querubins! E o texto ainda diz que a capacidade de criar e expressar o Belo veio do Espírito de Deus! Começa aqui uma história de redenção da arte. Deus condenava a idolatria, mas nunca foi seu objetivo destruir a própria arte.

Prosseguindo pela Bíblia, vamos encontrar arquitetura e estética espacial no templo de Salomão, música muito elaborada nos Salmos e em outras partes, muita poesia cuidadosamente trabalhada em grande parte de toda a Bíblia. Há inclusive uma espécie de encenação teatral nos profetas (Ezequiel). Deus é o Senhor de toda arte!


Mesmo que a motivação de muitos cristãos tenha sido sincera, muito da teologia da estética presente na Bíblia não foi percebido por eles. Por isso, herdamos um cristianismo de expressão tão sisuda, e às vezes melancólica, que tem dificuldades de dialogar com a estética e com a cultura nacional contemporânea.

A questão é muito séria porque a arte tornou-se fundamental para a sociedade contemporânea. É o principal meio de veiculação de conteúdo. O pensador Francis Schaeffer criticou a atitude de afastar-se da arte comum do evangelicalismo americano no início do século 20. Isso foi mortal para a igreja, pois a música e o cinema tornaram-se monopólio do pensamento secular. O conservadorismo entregou as novas formas de expressão ao mundo não cristão, facilitando a formação de uma geração secular e pagã! Por isso, a igreja precisa redescobrir o valor e o poder da arte. Mesmo que seu início na história bíblica seja maculado e que seu transcurso histórico esteja muito marcado pelo pecado, na Bíblia Deus redime a arte, para a sua honra e sua glória. Hoje, vemos ritmos como valsa, rock e samba, que surgiram longe dos arraiais da fé, serem usados por Deus para o benefício do reino. O que era para o mal, tornou-se bem! Deus dá um nó no Mal!

A vitória de Deus é extraordinária. Vale observar que o Apocalipse termina a Bíblia cheio de arte e cheio de muita música. Até a Cidade, símbolo da arte e do progresso do mal, é transformada em bênção (Ap 21.1-4). Que Deus use cada Bezalel e Aoliabe de hoje. Nunca a relevância do artista cristão foi tão importante na história!

quarta-feira, 5 de março de 2008

PINGOS NOS "Is"

“Prepare-se como simples homem que é; eu lhe farei perguntas, e você me responderá. 'Você vai pôr em dúvida a minha justiça? Vai condenar-me para justificar-se? Seu braço é como o de Deus, e sua voz pode trovejar como a dele? Adorne-se, então, de esplendor e glória, e vista-se de majestade e honra. Derrame a fúria da sua ira, olhe para todo orgulhoso e lance-o por terra, olhe para todo orgulhoso e humilhe-o, esmague os ímpios onde estiverem. Enterre-os todos juntos no pó; encubra os rostos deles no túmulo. Então admitirei que a sua mão direita pode salvar você.'”

(Jó 40.7-14)

terça-feira, 4 de março de 2008

VALORES PARA UMA DECISÃO ACERTADA

Fundamentalmente, somos fruto das nossas decisões pessoais. Um dos momentos mais críticos na nossa vida é quando temos de tomar decisões. Sejam elas em qualquer nível da nossa vivência, geralmente somos dominados pela ansiedade, pelo medo do erro, pelo terror do fracasso.

Esta crise se assevera na vida cristã. Pois além dos medos naturais da fraqueza humana, tememos que nossa decisão vá contra a vontade de Deus. Creio que este medo seja muito saudável! Se o crente tão somente temesse a vontade de Deus, todos os outros medos seriam vencidos.

O homem natural (i.e., sem Deus) decide baseado em valores visíveis (sucesso, lucro, prosperidade...). Aquele que teme ao Senhor, não obstante os valores visíveis, deve tomar decisões motivado por valores sublimes.

Que valores, então, são necessários para uma decisão acertada? O Salmo 25, especialmente nos versos 3-5, nos ajuda a responder esta pergunta.

(1) Há um Deus soberano – É preciso crer que tudo está debaixo de um propósito perfeito do Deus eterno. Ele fará com que qualquer circunstância resulte em glória ao seu nome (Rm 8.28).

(2) Nele não há decepçãoAinda que a resposta não seja a nossa expectativa ou a nossa vontade, devemos descansar que ele é Deus. Na confiança no Senhor não há frustração.

(3) Ele quer revelar a Sua vontade para você – Eu sei que descobrir e entender a vontade de Deus é um dos desafios para a vida cristã, se não o maior! No entanto, nunca perca de vista o fato de que Deus é o maior interessado em que você trilhe os caminhos Dele. Por isso, Ele quer lhe falar acerca da Sua vontade.

(4) Você precisa estar disposto a obedecê-lo – A revelação da vontade de Deus e dos Seus propósitos para a sua vida para nada servem se você não obedecê-lo.

(5) Dependa de Deus para todas as coisas – Reconheça que você não sabe nada. Se não for Deus, não tem mais ninguém (Sl 124.1). Os nossos erros são cometidos nas frações de segundos em que nos independemos de Deus.

Que Deus ajude você a descobrir os verdadeiros valores para uma decisão que traga paz, segurança e vitória para a sua vida.

segunda-feira, 3 de março de 2008

DUAS COISAS

"Duas coisas peço que me dês antes que eu morra:
Mantém longe mim a falsidade e a mentira;
não me dês nem pobreza nem riqueza;
dá-me apenas o alimento necessário.
Se não, tendo demais, eu te negaria e te deixaria,
e diria: 'Quem é o Senhor?'
Se eu ficasse pobre, poderia ver a roubar,
desonrando assim o nome do meu Deus."

Provérbios 30.7-9

domingo, 2 de março de 2008

EXPRESSÃO DE ADORAÇÃO

Em 2 Samuel 6.16-23 encontramos o relato da volta da Arca do Senhor para o meio do povo de Deus. Depois de 20 anos, por ter sido levada pelos filisteus, Davi a recupera e a restitui ao arraial de Israel. A chegada da Arca é celebrada com muita festa e ao som de instrumentos e vozes em louvor a Deus (1Cr 13.8).

As atitudes de Davi evidenciam uma genuína expressão de adoração. Questionado por Mical, filha de seu antecessor Saul, ele apresenta a sua visão do que é a verdadeira adoração ao Deus vivo. Ele nos ajuda a responder o que deve ser, e o que deve conter um culto ao Senhor. A partir das palavras do rei Davi, que por sua vez conhecia bem o que significava louvor ao Senhor, afinal foi o que compôs a maior parte dos salmos, podemos identificar o que significa adorar ao Senhor.

O seu culto deve ser uma expressão INDIVIDUAL de adoração. Davi diz a Mical: “foi perante o Senhor que eu dancei” (v.21). Culto não é para os outros verem. Deus é o que assiste o nosso culto. É a ele que sobem os nossos louvores. A qualidade do meu culto é diretamente proporcional à qualidade do meu relacionamento com Deus. Na verdade, culto é relacionamento!

O seu culto deve revelar um CORAÇÃO AGRADECIDO. Davi tinha bem claro os motivos que o levavam a louvar ao Senhor tão esfuziantemente: “perante aquele que me escolheu” (v.21). Deus lhe havia abençoado com o reinado. Não somente isso! Davi entendia que o seu louvor deveria ser motivo, também, por aquilo que Deus faz. Ao cultuar, devemos trazer em nosso coração as bênçãos enumeradas com as quais o Senhor nos tem coroado. O que o Senhor tem dado a você? Como você tem experimentado o seu imensurável amor?

O seu culto deve expressar um CORAÇÃO HUMILDE. O Senhor não pode habitar plenamente em um coração altivo. A soberba não agrada ao Senhor. Davi sabia disso. Por isso ele diz: “perante o Senhor me rebaixarei ainda mais”. Não significa autoflagelo, muito menos autocomiseração. O que o Senhor quer encontrar em meu interior é o quebrantamento que produz dependência. Eu sou pó! E diante da imarcescível glória do Pai, devo me curvar e me quebrar. O Senhor vai me refazer. Ele me transformará!

O seu culto deve testemunhar um CORAÇÃO ALEGRE. Os versículos 14 e 15 retratam o entusiasmo com que o povo recebeu a Arca de volta. Culto ao Senhor implica, necessariamente, em expressão de alegria. Note que o povo gritava, tocava os instrumentos e dançava na presença do Senhor, faziam barulho! Era festa! Culto é festa! Quanto mais hoje que adoramos ao Deus Vivo! Nossos cultos devem acontecer em meio à alegria da celebração por tudo o que Deus é e faz.

Para terminar, a verdadeira expressão de adoração não está preocupada com a forma do que se vê, mas com as razões que motivam e fundamentam o meu culto ao Senhor. Ele vê o coração mais que tudo. Que Ele, ao ver o meu e o seu coração, encontre amor, gratidão, quebrantamento e alegria. Se no coração forem encontradas estas expressões de adoração, pouco importará aquilo que é visível. É no que creio! É pelo que eu vivo!

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Pra Cumprir Teu Chamado

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