quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Que Darwin Não Podia Saber

Para celebrar o “ano de Darwin” em 2009, a revista alemã Die Zeit publicou um artigo de duas páginas com a manchete “Muito obrigado, Darwin!”, acompanhado de quatro páginas falando sobre evolução. Esse agradecimento foi para um homem que nasceu há 200 anos. Seu “revolucionário” livro A Origem das Espécies foi publicado há 150 anos. [Naquela época, nada se sabia sobre o DNA, o armazenamento de informações genéticas e sua transmissão].

O filósofo Immanuel Kant (1724-1804) já afirmava, cheio de orgulho: “Dêem-me matéria, e dela farei um mundo”. Cinqüenta anos mais tarde, o matemático e astrônomo francês Laplace (1749-1827) vangloriava-se diante de Napoleão: “Minhas teorias não precisam da hipótese chamada ‘Deus’.” Esses e outros pais do ateísmo científico buscavam uma explicação para a origem da vida em que Deus pudesse ser descartado. A resposta aparentemente salvadora veio de Darwin, que tornou viável explicar a origem da vida “de forma natural”. Enquanto ele próprio ainda era reticente em relação às implicações de sua teoria, hoje o mundo, cada vez mais ímpio, aclama seu patrono em manchetes sem fim.

Até a viagem de Darwin às ilhas Galápagos em 1835, acreditava-se no filósofo grego Aristóteles, que dizia que as espécies são imutáveis. A partir das diferentes formas de bicos de tentilhões que viviam na ilha, Darwin concluiu com acerto: espécies podem se adaptar e se modificar. Mas sua conclusão seguinte, de que toda a vida viria de uma árvore genealógica comum, não é cientificamente defensável. O próprio Darwin percebeu que uma grande fraqueza de sua teoria era a inexistência, na natureza, de fósseis de formas intermediárias. Mesmo assim, seguindo a doutrina darwinista, o homem perdeu sua posição especial atribuída pelo Criador e passou a ser apenas um ser mais evoluído no reino animal.

As molas-mestras da evolução

Como molas-mestras da evolução são mencionadas hoje: mutações, seleção, isolamento, longas eras, acaso, necessidade e morte. Todos esses fatores existem; porém, nenhum deles é fonte de novas informações criadoras.

Mutações apenas podem modificar informações herdadas pré-existentes. Entretanto, sem as informações do DNA já disponíveis, a evolução nem pode dar a largada inicial. Mutação é, por definição, um mecanismo aleatório sem qualquer objetivo definido, de tal forma que, por princípio, não pode fazer surgir novos conceitos (por exemplo, criar órgãos).

• A seleção favorece os seres vivos mais aptos e faz com que sua predisposição hereditária seja passada adiante. Mas, através da seleção ocorre apenas uma escolha ou um aniquilamento de algo que já existe; nada pode ser melhorado por ela, nem ela faz surgir algo novo.

• Os outros fatores evolutivos citados também não podem ser considerados fontes criadoras.

Vejamos alguns poucos exemplos de seres vivos e examinemos se os fatores evolutivos em ação aleatória poderiam tê-los trazido à existência.

A reprodução sexuada

Conforme a teoria da evolução, a “descoberta” da reprodução sexuada seria uma condição decisiva para o desenvolvimento progressivo dos seres vivos. Através de combinações genéticas sempre novas, surgem muitas variedades, das quais as mais adaptadas ao seu ambiente sobrevivem ao processo de seleção. Duas razões, porém, eliminam esse processo na almejada tendência ascendente no desenvolvimento de uma linhagem:

1. A reprodução sexuada nem pode começar por um processo evolutivo. Ela apenas seria possível se ambos os sexos dispusessem simultaneamente de órgãos prontos e plenamente funcionais. Entretanto, na evolução, por definição, não existem estratégias planejadas ou direcionadas. Como o desenvolvimento dos órgãos necessários à reprodução poderia estender-se por milhares de gerações se os seres vivos nem conseguem se reproduzir sem esses órgãos? Mas, se um desenvolvimento lento precisa ser excluído por ser inviável, como seria possível que órgãos tão diferentes e tão complexos, que precisam combinar entre si até nos mínimos detalhes, surgissem repentinamente? Além disso, eles precisariam estar presentes juntos no mesmo lugar no momento da reprodução.

2. Ainda que admitíssemos a possibilidade da reprodução sexuada ter “caído do céu”, mesmo assim não surgiria nova informação na mistura da carga genética. Em suas muitas experiências, criadores de plantas e animais demonstraram que vacas altamente aperfeiçoadas geneticamente continuaram sendo vacas, e que o trigo jamais produziu girassóis. A chamada microevolução (mutação dentro de uma espécie) é verificável cientificamente; de uma macroevolução (mutação que ultrapasse as fronteiras das espécies) falta toda e qualquer prova.

Técnica genial nos glóbulos vermelhos

Em cada gota de sangue temos aproximadamente 5 milhões de glóbulos vermelhos. Eles são como mini-submarinos altamente especializados que, ao invés de levarem a bordo torpedos mortais, realizam algo extremamente vital.

• 175.000 vezes durante seus 120 dias de vida eles são abastecidos com oxigênio, enquanto descarregam no pulmão o gás carbônico (CO2), resíduo que se forma pelo processo de oxidação.

• Esses minúsculos navios cargueiros são tão pequenos que conseguem ultrapassar os mais finos vasos capilares, chegando a todas as partes do corpo.

• A cada segundo são gerados dois milhões de novos glóbulos vermelhos, que contêm a hemoglobina (que dá a cor vermelha ao sangue), uma composição química muito notável e complexa.

A hemoglobina é necessária para o transporte de oxigênio já na fase de desenvolvimento embrional. Evidentemente, até o terceiro mês as necessidades de oxigênio são diferentes do que no estágio fetal (a partir do terceiro mês), e por isso faz-se necessário um tipo distinto de hemoglobina, de composição química diferente. Pouco antes do parto, as fábricas celulares voltam a funcionar a todo vapor para realizar a alteração para hemoglobina adulta. Os três tipos de hemoglobina não poderiam ser descobertos pelo caminho evolutivo, através da experimentação, porque as outras variantes não transportariam oxigênio suficiente, o que seria fatal para o ser vivo supostamente em evolução. Mesmo que em dois estágios fosse produzida a molécula correta, isso significaria a morte certa se a molécula da terceira fase não estivesse disponível. Por três vezes a produção de hemoglobina necessita de um biomecanismo completamente diferente, que também precisa modificar completamente sua produção no momento exato.

De onde vem um mecanismo tão complicado? Aqui toda e qualquer idéia de evolução falha completamente, pois em seus estágios semi-prontos, que segundo a evolução teriam conduzido a esse mecanismo tão complexo, esses seres vivos nem poderiam ter sobrevivido.

Esse conceito de complexidade não-redutível também é válido para o sistema imunológico do organismo humano ou para o flagelo com que as bactérias se locomovem. Mais uma vez, vemos que os seres vivos não teriam sobrevivido em sua “jornada” até seu estágio atual se este fosse atingido por processos evolutivos. É mais razoável admitir que tudo esteve pronto desde o princípio, o que somente é possível se um Criador planejou e criou tudo funcionando plenamente desde seu começo.

O vôo da Tarambola-Dourada

A Tarambola-Dourada é um pássaro maravilhoso que nasce no Alasca. Como ali o inverno é extremamente frio, ele migra para o Havaí. Sua viagem é muito longa, pois o destino fica a 4.500 quilômetros de distância. O vôo tem de ser direto, sem escalas, uma vez que no caminho não existem ilhas para descanso, e essa ave não sabe nadar. Para seu vôo, a Tarambola-Dourada precisa de um tanque cheio de combustível na forma de 70 gramas de gordura armazenada em seu corpo. Desse total, 6,8 gramas são uma reserva para enfrentar ventos contrários. Como o pássaro tem de voar ininterruptamente por três dias e meio, noite e dia, sem parar, e precisa manter a rota com exatidão dentro das coordenadas geográficas, ele necessita de um piloto automático trabalhando com extrema exatidão. Se não encontrar as ilhas do Havaí, sua morte é certa, pois não existe qualquer outra alternativa de pouso. Se não possuísse essa porção de gordura precisamente calculada, não sobreviveria.

A mutação e a seleção, nesse caso, mais uma vez são construtores incapazes. Mais plausível é admitir que a Tarambola-Dourada foi criada assim desde o começo – pronta e equipada com tudo o que precisa.

O raciocínio evolucionista é útil?

Como vimos nos exemplos desses seres vivos, em outras áreas também encontramos projetos altamente especializados:

A baleia cachalote é um mamífero que está equipado de tal forma que pode emergir de 3.000 metros de profundidade sem morrer pela temida descompressão.

• Uma quantidade imensa de bactérias microscópicas em nosso trato intestinal tem motores elétricos embutidos, que podem funcionar para a frente e de marcha a ré.

• A sobrevivência dos seres vivos depende do funcionamento perfeito de cada um de seus órgãos (por exemplo, coração, fígado, rins).

Órgãos semi-prontos, em desenvolvimento, não têm valor algum. Nesse assunto, quem pensa segundo o darwinismo deveria saber que a evolução desconhece a perspectiva de um órgão que passará a funcionar perfeitamente no futuro. O biólogo evolucionista alemão G. Osche observou acertadamente: “Seres vivos não podem, durante certas fases evolutivas, parar tudo como um empresário que fecha a firma temporariamente por causa de reformas”.

A inteligência e a sabedoria expressas nas obras da Criação são simplesmente imponentes. O caminho que conduz das obras criadas até um autor criativo é mais que evidente – das obras deduz-se a existência de um Criador. Combina muito bem com nossa observação o que a Bíblia já diz em seu primeiro versículo: “No princípio, criou Deus!”

Influenciada pelo darwinismo, estabeleceu-se a teologia histórico-crítica, que rejeitou o relato literal da Criação, até então considerado mensagem de Deus. Mas fazemos bem “acreditando em todas as coisas que estejam escritas” (Atos 24.14), pois “Deus não é homem, para que minta” (Números 23.19).

De onde vem a informação?

Na discussão científica, o argumento sempre é mais forte quando se pode aplicar as leis naturais a algum processo ou fenômeno. As leis naturais não admitem exceção. Conforme essas leis, por exemplo, o moto-contínuo, uma máquina que funciona continuamente sem receber energia, é uma máquina impossível.

Hoje sabemos o que Darwin ainda não podia saber: nas células de todos os seres vivos existe uma quantidade praticamente inimaginável de informação, aglutinada na forma mais compacta que se conhece. A formação de todos os órgãos é conduzida pela informação, todos os processos nos seres vivos funcionam dirigidos por informação e a produção de todas as substâncias do corpo (por exemplo, 50.000 proteínas no corpo humano) é controlada pela informação. O sistema da evolução somente poderia funcionar se houvesse na matéria a possibilidade de a informação surgir por acaso. A informação é absolutamente imprescindível, pois os projetos de todos os indivíduos e todos os processos complexos nas células ocorrem baseados em informação.

Informação é uma grandeza imaterial; portanto, não é uma qualidade da matéria. As leis da natureza acerca de grandezas não-materiais, especialmente da informação, dizem que a matéria jamais pode gerar uma grandeza não-material. É evidente: informação somente pode surgir a partir de um emissor dotado de inteligência e vontade. Assim está claro: quem considera a evolução possível, acredita no “moto-contínuo” da informação, ou seja, em algo que as leis gerais da natureza mostram ser completamente impossível. Assim, acertamos o calcanhar de Aquiles da evolução, que cientificamente chega a seu FIM. [Expliquei a questão com mais detalhes em meu DVD A Origem da Vida à Luz da Informação].

De onde vem a vida?

Diante de todo o barulho que se faz atualmente em torno da evolução, perguntamos: “De onde vem a vida realmente?” A evolução não tem a menor explicação para o surgimento da vida a partir da matéria morta.

Stanley Miller (1930-2007), cuja experiência com a “sopa pré-biótica” (1953) é mencionada em todo livro de Biologia, admitiu depois de 40 anos que nenhuma das atuais hipóteses sobre a origem da vida consegue ser convincente. Ele classificou todas elas de “bobagens”, de “gestações mentais químicas”. O microbiologista Louis Pasteur (l822-1895) reconheceu algo fundamental: “Vida só pode vir de vida”.

Apenas um pôde dizer: “Eu sou a vida” (João 14.6), e esse alguém foi Jesus Cristo. A Seu respeito está escrito em Colossenses 1.16: “Pois nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis”. Em João 1.3 lemos: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez”. Qualquer teoria sobre o início da vida e o surgimento do mundo que não mencione Jesus como a origem e a fonte da vida é uma concepção morta, que inevitavelmente se esfacela na Rocha que é Jesus.

Assim, a teoria da evolução passa a ser um dos maiores enganos da história mundial e lança milhões de pessoas no abismo da incredulidade. Infelizmente, o que muitos dos nossos contemporâneos não levam em consideração é que ao abismo da descrença segue o abismo da perdição eterna depois da morte (inferno). O dilema real na maneira de pensar de nosso mundo é que o verdadeiro Criador de todas as coisas não é honrado com manchetes, dizendo: Muito obrigado, Jesus!

Muitos não sabem que Jesus Cristo nos fez uma oferta grandiosa. Ele disse: “Eu sou a Porta” (João 10.9). Ele estava se referindo à porta do céu. Quem se volta para Jesus tem a vida eterna.

Fonte: www.chamada.com.br

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