domingo, 2 de agosto de 2009

GRIPE A (INFLUENZA H1N1)


Estamos em pleno surto de uma gripe causada por um novo vírus e que está gerando uma série de impactos no cotidiano de cada um de nós. Diante da dura realidade que estou vivenciando nos hospitais onde trabalho, minha pergunta é: “O que nós podemos fazer diante disto enquanto cidadãos e cristãos?”

Como se trata de uma situação de emergência na saúde pública internacional (pandemia), a abordagem prioritária são os aspectos sanitários de como agir para minimizar a propagação do problema. Em termos médicos, penso que três passos são fundamentais neste momento: ( 1) Conhecer o problema (2) enfrentar adequadamente e (3) superar com serenidade

CONHECENDO A GRIPE A: Os principais sintomas da doença são o aparecimento súbito de febre acima de 38 C, tosse seca e frequente. Os sintomas secundários são dor de garganta, coriza, irritação nos olhos, dores na cabeça, no corpo e nas articulações. Pode evoluir para pneumonia e insuficiência respiratória aguda.

ENFRENTANDO ADEQUADAMENTE: caso haja suspeita de estar com algum tipo de gripe, inicialmente fique em casa em repouso. Se for extremamente necessário sair de casa e ainda tiver sintomas respiratórios (tosse ou espirros), use máscara até completar sete dias do início dos sintomas. PORÉM, se apresentar sintomas principais sugestivos de gripe A ou a febre não baixar com medicamento antitérmico, ou sentir falta de ar, procure assistência médica ou uma unidade 24 horas da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. É importante buscar orientação ou ajuda médica, se necessário, mas sem pânico.

SUPERANDO COM SERENIDADE: O bom senso e os cuidados higiênicos são essenciais para enfrentar esta situação. As autoridades sanitárias estão tomando as medidas cabíveis e emitindo recomendações temporárias para resguardar a saúde de todos.

Assim como a gripe comum, a gripe A (Influenza H1N1) é transmitida de pessoa a pessoa, através da tosse e espirro ou pelo contato com pessoas infectadas.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou o nível do risco de transmissão da gripe para o máximo de alerta (nível 6) visto sua ocorrência atualmente em mais de 75 países e vários continentes. Em Curitiba e outras cidades brasileiras, medidas rápidas de prevenção foram implantadas, entre elas, a suspensão das aulas para evitar a transmissão deste vírus. Continuamente estão sendo divulgadas informações na mídia, entretanto, devem ser confrontadas com as fontes seguras e oficiais dos órgãos de saúde para que se evitem distorções, insegurança e medo exagerados.

COMO SE PREVENIR DURANTE ESTE PERÍODO DE ALERTA MÁXIMO:
- Evite cumprimentar as pessoas com as mãos e com beijo no rosto;
- Ao tossir ou espirrar, cubra o nariz e a boca com lenços de papel e descarte-os imediatamente;
- Lave as mãos com freqüência com água e sabonete ou use ácool gel 70;
- Mantenha as janelas abertas e ambientes ventilados;
- Evite ambientes fechados e com aglomeração de pessoas;
- Aumentar o consumo de água, dormir e se alimentar melhor;

Quando pessoas, cidades e nações experimentam adversidades, nós cristãos precisamos buscar em Deus e na sua palavra, escrita na Bíblia, forças e direção. No livreto DEPOIS DA CATÁSTROFE, de Ajith Fernando (Ministério RBC), escrito logo após a tragédia do tsunami (2004), somos incentivados a aceitar a soberania de DEUS. Nossa pergunta diante das turbulências da vida deveria ser ”quais devem ser meus pensamentos durante esta crise? E como posso responder a esta crise, de maneira cristã?

Acredito que três pilares devem sustentar nossa saúde física, mental e espiritual durante a caminhada diária, independente das circunstâncias: (1) a fé (2) a esperança e (3) o amor.

FÉ: Primeiramente precisamos renovar nossa fé porque Deus está no controle da situação. A fé é a certeza das coisas que não se vêm... (Hebreus 11)

ESPERANÇA: Através da leitura da Bíblia e oração somos abastecidos com as promessas de Deus para nosso desenvolvimento pessoal e para encorajar aqueles que sofrem ao nosso redor. Precisamos perseverar porque Deus nos cuida e suas misericórdias se renovam cada manhã. “No mundo tereis aflições, mas tende bom animo – eu venci o mundo”; “dou-vos a minha paz”...são alguns dos versículos que precisam estar incorporados ao nosso pensar e agir.

AMOR: é a outra parte da fé. Um agir responsável, fazendo nossa parte e estimulando os outros a fazerem também. Nos tempos de angústias temos mais oportunidades de praticar nosso cristianismo. Chorar com aqueles que choram, expressar-lhes nossa preocupação, ser mais solidários e úteis aqueles que precisam de nós.

Eventos como pandemias, furações, inundações, guerras e rumores de guerra provocam um alerta urgente. Elas devem nos trazer sensatez e lembrar nossa vulnerabilidade. São oportunidades para compreender que nossa passagem na terra é curta demais para ser egoísta e que o tempo que temos para construir é unicamente este. Repensar os nossos modelos e investimentos de tempo, energia e recursos. O trabalho mais poderoso que um cristão pode fazer é orar e demonstrar amor.


Já que teremos que diminuir o ritmo, vamos aproveitar este período para reaprender a dar valor ao que realmente é importante, encher a nossa mente dos ensinamentos bons e maravilhosos da Bíblia, fortalecer nosso relacionamento com Deus, viver com simplicidade, conversar com os amigos, apreciar melhor a família e ser mais feliz.

Vamos colaborar com as recomendações sanitárias, interceder pelo nosso país e ajudar as pessoas a se cuidarem corretamente. Estarmos vivos e sadios é um verdadeiro presente!

Kátia Sheylla Malta Purim – membro da Igreja Batista do Cajuru.
Médica e Professora do Curso de Medicina (UP)

Fonte: Boletim Dominical da Igreja Batista do Cajuru (Curitiba - PR)

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